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Dezembro 07, 2020
acordei para o sonho. ao meu redor: de novo ternura. passei a noite com ela nos lábios – e na boca – e na pele. o dia já se faz de Sol. de calor. ela é o dia. a manhã fresca. ela é o meu desconforme: a desproporcionada largura que as palavras me permitem. de noite faço do seu sono o meu abrigo. resguardo dos meus desejos. estou sedento e bebo as manhãs que nascem com ela: na claridade do seu corpo despido. mesmo adormecida, faz amor com os caminhos tortuosos da minha mente, com um relâmpago imaginado no corpo já contorcido pelo orgasmo. olho-a e sei que existe a palavra certa, mas tenho apenas o infinito para ela e pode ser pouco: tenho medo.