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Dezembro 03, 2018
eu continuava deitado sobre o teu corpo. estávamos totalmente vestidos, mas as minhas mãos permaneciam à procura e o meu corpo dançava, dobrava-se e esticava-se como se estivesse a fazer amor com o teu. um violento arrepio percorreu-me da cabeça aos pés. de súbito, de dentro da casa, uma luz projetou-se em nós. ainda marcado pela intensidade, agarrei-te pela mão, levantámo-nos e fugimos dali. a rir e numa corrida trapalhona. dedos cruzados – como raízes. como grinalda dos teus suspiros ou polpa do meu desejo.