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Setembro 21, 2012
Sei que, provavelmente, não estou a dormir, mas o meu corpo não o sabe e teima em levitar. crueldade. um vento vermelho sopra-me do peito como um rasto febril de lucidez e acordo. em chamas, mas na minha cama. sinto um toque breve e volto a sonhar. o mar e o céu não são azuis, nem a relva verde. o choro das aves é tépido e a alma é morna. fundo-me no sonho enquanto a madrugada avança na penumbra mascarada de raio solar.