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Red Tales

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Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

2002 - parte II

Fevereiro 01, 2002

Súplica


 


Mar,


que sustentas nos teus ombros fraternos


os frios glaciares de Inverno,


que nutres de cor os jardins floridos


da Primavera, tua filha generosa,


que no Outono, de corpo quente e despido,


de alma aberta e fervorosa,


recebes as primeiras chuvas,


os primeiros cristais dourados,


partes ínfimas de ti


evaporadas no azul do Verão


pelo calor do Sol escaldante,


teu pai e guardião constante.


 


Mar,


fonte de aventuras e sonhos


que nos impões a tua vontade e sorte,


infinita imensidão de vida e morte


que alimentas profetas e poetas,


 


Mar,


afunda-me no teu saber escondido,


pois mergulho em ti e vislumbro somente


na tua espuma branca o sorriso querido


que me faz chorar nesta súplica demente.


 


Mar,


recebe o sal destas lágrimas que me agonizam


mas faz do meu corpo o teu destino preferido


e ensina-me os ventos quentes que banalizam


a difícil arte de sorrir por um amor perdido.




Primeiro Soneto a Catarina


       (e não quer dizer que hajam outros)


 


Ai que arrepio de prazer


que doi sem doer


quandas falas sem saber


ao meu mais íntimo querer.


 


Na mais clara imagem do meu ser,


talvez porque te leio sem te ver,


talvez porque te quero sem te ter,


arde o profundo desejo de te conhecer.


 


Doce Catarina, meu suave renascer,


com este soneto que te tento escrever,


espero teu, o já meu profundo arder.


 


Doce Catarina, meu suave amanhecer,


não quero adormecer, sem te dizer e prometer:


aconteça o que acontecer, jamais esquecer!


 


 


 




Recordar-te


 


Quando a presença já não existir, o Amor perdurará durante muito tempo.


E quando  também ele decidir que está na hora de partir, ficará a recordação.


Parte de mim estará perdida quando a presença partir,


outra parte partirá acompanhando o amor.


Jamais estarei completo e só a recordação aliviará a falta.


E a recordação será eterna.


Para além da vida, para além da existência.


 


 


 


 


 




Doce e bela onda no mar


 


Doce e bela onda no mar,


mesmo que por vezes te sintas perdida,


no teu ventre trazes vida –


 


resultado do verbo amar


–  doce maré de sentimentos,


 


trazes no peito um coração chamado amor


e por ele, depois do oceano imenso,


das tempestades, do frio e do calor,


espera-te agora a praia, onda querida,


para proteger e ser o novo lar


do anjo que nascerá nesse dia


em que o canto de mil sereias


não terá tanta harmonia


como o choro que tanto anseias.


 


Embora esteja ainda protegido


pelos reflexos da lua e do sol


que teimas em transportar,


por conhecer quem o vai amar,


já  conheço também o destino


dessa nova maresia,


desse novo coração que em ti respira.


 


Onda azul de água pura,


 


vejo a Primavera inclinada em agradecimento


por trazeres do mais profundo de ti


essa nova flor marítima para o seu jardim-sentimento.


 


Onda pura de som cristal,


 


vejo o Verão sorridente, em alegre coreografia,


a mergulhar na nova onda que agora nasce


e a orientar o seu caminho no amor e na alegria.


 


Onda sal de sabor doce,


 


vejo o Outono, o Inverno, as serras, os campos e o teu abrigo o mar


iluminados pelo brilho do novo sorriso que transportas


e que já hoje envergonha as estrelas por ser tão grande o seu brilhar.



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