Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.
pouco importa o que é verdade em toda a história. pouco importam os nomes. pouco importa o futuro daquele passado. pouco importam as ideologias. para mim, o importante foi relembrar até onde pode ir o coração humano quando se entrega a uma causa. importante é também realçar a capacidade que Walter Salles tem para nos relembrar isso mesmo. brilhantes os "diários de che".
pouco importa o que é verdade em toda a história. pouco importam os nomes. pouco importa o futuro daquele passado. pouco importam as ideologias. para mim, o importante foi relembrar até onde pode ir o coração humano quando se entrega a uma causa. importante é também realçar a capacidade que Walter Salles tem para nos relembrar isso mesmo. brilhantes os "diários de che".
primeiro pergunto-me se poderá um poema, com todos os seus braços e escalas lentas, nascer do vento e da água na boca do céu. depois vejo um comboio de vidro e de fumo, ao relento, a tilintar palavras de vapor contra os olhos azuis da terra e do mar, e a resposta surge como a fotografia de um deus: vertiginosa em toda a amplitude do sangue.
um poema poderá sempre ser o seu nascimento, como quando uma nuvem de letras brancas surge no horizonte das mãos e dos dedos, para dançar com os crepúsculos de sal, para crescer no ventre das árvores de fruto como se o mel e o medo lhe pintassem os lábios, como se o coração dos versos voasse devagar até ao lago de visões onde navegam os sonhos.
primeiro pergunto-me se poderá um poema, com todos os seus braços e escalas lentas, nascer do vento e da água na boca do céu. depois vejo um comboio de vidro e de fumo, ao relento, a tilintar palavras de vapor contra os olhos azuis da terra e do mar, e a resposta surge como a fotografia de um deus: vertiginosa em toda a amplitude do sangue.
um poema poderá sempre ser o seu nascimento, como quando uma nuvem de letras brancas surge no horizonte das mãos e dos dedos, para dançar com os crepúsculos de sal, para crescer no ventre das árvores de fruto como se o mel e o medo lhe pintassem os lábios, como se o coração dos versos voasse devagar até ao lago de visões onde navegam os sonhos.
sem nunca conseguir assimilar-lhes o beijo, o estômago desordeiro de um pássaro velho digere as palavras e o vento com ácidos meigos: o livro vem com a solidão das corujas brancas e com os brincos de luz e platina da lua, para ser a companhia no suor dos minutos, mas com ele prolongam-se também as horas e o desejo de mais e mais linhas em branco.
na contradição desse silêncio turbulento, onde nasce a turbulenta fogueira de insónias, onde crepita a insensatez dourada das sílabas, os vestidos de tinta e os polvos de papel, se houver um tornado de areias e luas negras a ferir de morte as pérolas que restam, logo o mesmo soprar vermelho se eleva para iluminar a lentidão das noites com a pressa iluminada dos dedos.
sem nunca conseguir assimilar-lhes o beijo, o estômago desordeiro de um pássaro velho digere as palavras e o vento com ácidos meigos: o livro vem com a solidão das corujas brancas e com os brincos de luz e platina da lua, para ser a companhia no suor dos minutos, mas com ele prolongam-se também as horas e o desejo de mais e mais linhas em branco.
na contradição desse silêncio turbulento, onde nasce a turbulenta fogueira de insónias, onde crepita a insensatez dourada das sílabas, os vestidos de tinta e os polvos de papel, se houver um tornado de areias e luas negras a ferir de morte as pérolas que restam, logo o mesmo soprar vermelho se eleva para iluminar a lentidão das noites com a pressa iluminada dos dedos.
R e s p i r a r t r ê s v e z e sa ressaca da tua presençaé uma pedra enrugadaque engulo e vomitonum ciclo de dor e frémitos verdesque apenas me abandonamquando voltas para me beijare abraçar com os teus ramospulmonares que me sustentame ensinam a respirar.*vivo na tua infinita metamorfoseentre o mar e a terra entre a terra e o marentre o meu corpo e o teu.*há palavras que morrem sempre que te escrevo um poema.* 02/12/2003
R e s p i r a r t r ê s v e z e sa ressaca da tua presençaé uma pedra enrugadaque engulo e vomitonum ciclo de dor e frémitos verdesque apenas me abandonamquando voltas para me beijare abraçar com os teus ramospulmonares que me sustentame ensinam a respirar.*vivo na tua infinita metamorfoseentre o mar e a terra entre a terra e o marentre o meu corpo e o teu.*há palavras que morrem sempre que te escrevo um poema.* 02/12/2003