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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

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>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

agosto 2011

Agosto 01, 2011

a memória que tenho tua

é boa demais

para escrever um poema

31-8

 

 

se te fechares num armário de pedra
aproveita
e leva contigo
o teu cheiro
que não o aguento mais

30-8


 

a próxima caravela,
tal como eu,
dispensa apresentações


28-8


 

o corpo de uma mulher é para
se saborear como
se saboreiam as cerejas


28-8


 



o infinito escorre-me devagar entre os dedos
em minha casa tenho um canto só meu


27-8


 


uma criança perdida numa grande cidade
é como um pequeno rato num
esgoto imenso


27-8


 



estou muito apertado
aqui sentado
neste lugar
de pedra
e pântanos


27-8


 


vou num comboio de  água
para as ruínas de uma cidade antiga
com colunas de carne
no lugar das pernas
e martelos de manteiga nas mãos

não há como fugir do inevitável infinito


27-8


 


se eu tivesse vivido
mais tempo,
tinha acabado
este poema


27-8


 

sou um pássaro, verdadeiro,
mas sem asas e sem bico
deitado num ninho de facas
e espinhos grossos
com neve no peito
e unhas na ponta das penas


26-8



escavar invernos na sombra
ter medo de rodas gigantes
esse é o destino dos poetas


25-8


 



tenho ervas daninhas no lugar dos dedos


24-8


 


se pintassem o teu sorriso em todas as árvores
deixaria de haver incêndios


24-8



tenho asas
na cara
a fazer lembrar
relógios dobrados,
silentes.


24-8


acredito
imensamente
na nudez
das palavras.
o silêncio,
também pode ser
um grande poema?


23-8




há sempre os vossos vestígios
nos meus dedos
quando escrevo um poema


23-8



há uma claridade perfeita no teu corpo
que ofusca o mundo todo



22-8


têm que ser coisas pequenas  que isto  custa


18-8


 



plutão já não é um planeta
é uma bicicleta enferrujada
ou um cão
que se corre à pedrada


18-8
 

o tempo abraça-o de improviso
e ele chora muito
numa mesa de café muito queimada


17-8

 


sentei-me de improviso num afiado muro de pedra
para escrever um poema,
mas a folha permaneceu virgem demasiado tempo
e eu levantei-me


17-8





 


que pausa me pousou no peito


17-8


 



estou dobrado como ervas à beira lago
insectos desfocados saltitam em silêncio
na superfície da água

de olhos vazios espelhados na água
olho o meu reflexo,
mas não me vejo.


16-8

 






estou só a ver se ainda sei escrever


15-8

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