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Maio 30, 2012
transcrevo
dos teus olhos
o furacão infinito
as minhas palavras
não são senão
tempestades a arder
em versos
nas tuas veias
os meus poemas
és tu
mesmo quando falham concordância.
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Maio 30, 2012
transcrevo
dos teus olhos
o furacão infinito
as minhas palavras
não são senão
tempestades a arder
em versos
nas tuas veias
os meus poemas
és tu
mesmo quando falham concordância.
Maio 29, 2012
Maio 29, 2012
tens um pássaro
a voar-te dentro dos olhos
e um lince nas veias
Maio 29, 2012
espero pela higiene
espero pelos bombeiros
espero pela fisioterapia na clínica
espero pela Ana
espero pela fisioterapia em casa
espero
Maio 29, 2012
Maio 28, 2012
ainda recordo bem o nó que me ensinaste.
Maio 28, 2012
a noite está muito densa
e apenas a prata
ilumina o fogo
sobre um muro de tijolos vermelhos
o calor incendiário de uma vela branca
aquece-me as mãos e o resto
o cabelo da vela está muito despenteado
mas isso não importa
porque está muito frio
e quero aquecer-me na sua chama
não no cabelo
Maio 28, 2012
o Sol está muito luminoso
e o vento não sopra
tudo é muito lento
um morango-moça-mulher
embeleza as muralhas
e as flores reais das casas de brincar
lembras-te do multibanco
e das pessoas que lá iam
sem saberem que estávamos muito juntos?
muito
Maio 28, 2012
injeto
fumo
cheiro
as letras são um vício
pior que o das palavras
Maio 26, 2012
a areia arranha metade da memória
à outra metade o teu corpo protege
como um morango ou cerejas
protegem os lobos