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Março 29, 2013
provavelmente, post favorito: http://v-t.blogs.sapo.pt/23209.html
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Março 29, 2013
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Março 26, 2013
os muros, derretidos, deitam-se aos seus pés
e os besoros estragam o sil^encio das casas
com voos rasantes e muito amarelos
a cara dos sargentos sangra sonhos imóveis
as mãos dos escritores sufocam móveis antigos
em dunas de sentimentos primários
e em praias de homens despidos de mel
já não sei poemas de memória
como não sabem que os sabia
sem nunca ter lido um
Março 23, 2013
apenas a
transparência
separa o sonho do real
e é ela que quando embacia
protege os amantes
das cascatas indiscretas
que brincam lá fora
sobre a mistura de peles
o inverno aquece os corpos
e a hábil confusão aquece o sangue
e gotas caiem do teto
quentes
Março 21, 2013
os meus dedos
são apenas comandos sem fios
que controlam palavras
e gostam de tomar banho
Março 18, 2013
o infinito deixa resíduos de sol
na pele das mulheres velhas
e os insultos vermelhos
soltam-se do vento
para se prenderem
nos ossos de pedra da terra
o silêncio da voz
contrasta com o gritar
dos dedos
dentro de uma fonte de carne
que inspira os sonhos de seda
das águias e dos poetas
na longa e demorada
vertigem da noite
a fria fogueira de sangue
que queima lentamente
o sonho
arde sozinha
Março 17, 2013
tenho os sentires bem tapados, mas, mesmo assim, há quem os descubra. não revelam o menor medo de enganos e confiam. ainda não percebi se por burrice ou inteligência. vou deixar bem clara uma coisa, EU SOU UMA MENTIRA. Inteligente, mas mentira.
Março 17, 2013
mergulho no cristal de uma fonte
sempre que sonho
as pernas abraçam-me
a pele sufoca-me
e a beleza nos olhos da fonte intimida-me
quero ser borboleta
na luz que se acende na fonte
e voar com os
dedos
até ao seu interior
húmido que imagino doce
Março 16, 2013
a boca solar dos incêndios
saboreia as serras e sobe encostas com a língua de veludo
a arrastar rios inteiros de volumes e superfícies
pétalas pérolas e outras pedras preciosas
a pele encerada das pratas antigas
brilha incandescente sobre as águas
e corre para florestas de virgens
com pés de pó e mãos de madeira
no corpo azul de um livro novo
o cheiro leve e calmo das folhas
adensa os sulcos e vincos nas pratas
sobre o linho
sem explicações
repousam margens
Março 16, 2013
por vezes de noite escorre-me entre os dedos um fôlego ao aroma das cores
um respirar ofegante que me
separa o sangue da carne e me olha parado no infinito
na realidade são as sombras desse nobre
que me revelam o sentido amarelo das coisas
o que foi prazer e vida
é agora homicídio e fogo
heroína silente em veias velhas
o corpo definha ao som dos cigarros fumados pelos fôlegos
e as mãos assustam-se ao tocar nas rugas de silêncio e sombra da noite
Março 15, 2013
hoje está um azul de fazer tremer a madeira. a, insistente e persistente, quietude do corpo arrefece o sangue e a alma. estou, emocionalmente, cada vez mais fraco. a cada momento que passa, o silêncio torna-se mais cruél e mais arrepiante.