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Março 04, 2013
no doce tumulto das noites
o teu nome
aparece sempre gravado
nos troncos
de árvores de penas
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Março 04, 2013
no doce tumulto das noites
o teu nome
aparece sempre gravado
nos troncos
de árvores de penas
Março 03, 2013
por vezes palavras de pedra atingem a feliz suavidade do poema e mostram a todos a crueldade feroz das imagens. quando assim acontece, o poema torna-se uma arma verde nas mãos de um mosquito transmissor de doenças e flores. se não fossem tão espinhosas e frias as palavras, sinto que, para mal de alguns, poderia usá-las para sempre em poemas e prosas de amor, mas, felizmente, por vezes, são demasiado severas para tanta amplitude.
Março 03, 2013
quero que me dês os teus braços como se o mar nadasse pela pele dos peixes
um dia saberás que as casas colam-se nos meus dedos e que é o teu sorrir que os liberta
nesse infinito e audaz momento em que a espuma das noites atravessa a imobilidade das sombras
e rasga os sonhos mais frageis em pequenos pedaços de fogo como se fossem de vidro ou de vento
a claridade dos espelhos e a longa lucidez dos lagos
tremem perante as tábuas de sangue
que esmagam os escaravelhos mais curiosos ainda em casa
e o fumo das estrelas esconde-se atrás das colunas de estanho
dos antigos palácios de mel e vida dos vendedores de água
Março 02, 2013
no delírio das serras
os dedos dos anjos
percorrem em silêncio
rios rápidos e lentos
Março 01, 2013
escrevo-te porque és como os campos de pérolas e prata que enchem os planetas de flores e nuvens brancas. tenho, como memória, o sabor suave das tuas mãos e escrevo-te para me lembrar sempre do sorrir dos teus dedos de metal na minha pele.