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Abril 30, 2013
a vertigem aveludada dos dedos
cobre a penumbra dos muros
com um manto de ondas
e a poesia é
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Abril 30, 2013
a vertigem aveludada dos dedos
cobre a penumbra dos muros
com um manto de ondas
e a poesia é
Abril 29, 2013
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Abril 29, 2013
o murmúrio das ondas
é um poema que se bebe salgado
arde nas fábricas que falam em silêncio
a emigração dos vidros
reveste-se de parasitas e vermes
e nada é como dizes
Abril 29, 2013
na doce geometria das pestanas
sopra uma penumbra acutilante
que escuta atentamente o ruído
das aves no cimo das árvores
Abril 28, 2013
gosto de te ter a comer cerejas
nas margens das folhas que vou escrevendo
se lá estiveres
em toda a vagarosa e luminosa
presença das letras
a imobilidade do poema
esbate-se no branco
e facilita a memória
Abril 27, 2013
não posso perdoar a poesia
quando me empurra
e faz o infinito parar-me na pele
ainda que a voz se cale
não sei como gritar
a geométrica terra
sem uma arma apontada
à face molhada das aves
não posso perdoar a poesia
ainda que a sombra seja apenas uma miragem
e a morte uma visão
de mar
Abril 27, 2013
Abril 23, 2013
Abril 20, 2013
digo-vos: um poema
também pode ser
a sombra que o sangue faz
quando pinga de um punhal
acabado de usar nas conchas
ou nas pérolas
de lado
até pode dormir no mar
e acordar
numa açorda de bacalhau
como coentros
ou alho esmagado
pelo cabo de uma sirene
ou pelas luzes
azuis e vermelhas
de um carro de vidro e vento
nas mãos feridas de um velho
pescador
Abril 20, 2013
provavelmente o nosso existir
resume-se
à memória de um muro
como se nos lembrássemos
de todos os sonhos
e de como se morre
no verde da lembrança
já não corro como fazia
agora os muros
movem-se lentos
e as recordações
dormem de barriga para cima
como libelinhas ou moscas