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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

Red Tales

>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

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Agosto 29, 2014

Não concordo com os que defendem que ver televisão emburrece. O que emburrece é vê-la sozinho em criança e erradamente (por exemplo, não usando cérebros diferentes para ver coisas diferentes) em adulto.

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Agosto 28, 2014

Pouco importam as condições meteorológicas. Se o céu está azul ou não, se está sol ou não, se chove ou não. Somos nós que fazemos os dias bons ou maus.

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Agosto 26, 2014

De novo as palavras.


Em alguns casos são tudo o que tenho. É por isso que não as uso em vão.

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Agosto 26, 2014

Como já referi (e acredito mesmo nisso: não estou a tentar convencer-me) todas as coisas têm um lado bom. O AVC, por exemplo, para além de não me matar e ter tido a bondade de não atingir algumas capacidades, levou algumas pessoas e trouxe outras.  

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Agosto 25, 2014

 


É certo que não somos só palavras. No entanto, casos há em que estas são completamente fundamentais. Por exemplo, no meu caso: sem querer ir para a cadeira de rodas, se não ler como é que saio de casa? No meu caso, as palavras são, mais que uma viagem, uma terapia (mais uma). Uso-as. Coloco-as. Abuso delas e, até, as engulo. Se já tinham um papel indispensável na minha vida, depois da sulipampa (AVC para os mais distraídos) tornaram-se totalmente basilares. Neste momento, só o amor (no sentido mais lato do termo) é mais importante.


Como devem imaginar, a perturbação dos músculos veda algumas coisas, mas não atinge o sangue e as hormonas – o que leva a alguns conflitos comigo mesmo (nada que não se resolva, mas não são muito saudáveis). Tento resolvê-los com a escrita e com a leitura. E muitas vezes resulta, mas é certo que não somos só palavras.

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Agosto 24, 2014

Quando eu morrer não quero ninguém triste. Costuma dizer-se que só a morte não tem remédio. Não concordo totalmente. Para quem fica e ama os que partem, mais que ter remédio, a morte pode, muitas vezes, ser um remédio, mas mais que remediar os que ficam têm obrigação de ser felizes. Eu sei que é mais fácil falar que praticar e que a ausência física magoa muito, mas pensem: quem vos ama e parte, onde quer que esteja, quererá ver-vos tristes? Duvido.


Outro motivo para não querer ninguém triste é porque a minha ausência física não o justifica. Sejamos práticos: fisicamente só dou trabalho, emocionalmente estarei aqui.


Quando eu morrer não quero ninguém triste.

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Agosto 24, 2014

Hoje, 24 de Agosto de 2014, celebro oito anos de AVC. Oito anos de imobilidade. Oito.


 Obviamente que sinto falta de algumas coisas, mas há que ver o lado bom das coisas: tive mais sorte que muitos: não morri nem perdi a capacidade de amar. Há SEMPRE um lado bom.

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Agosto 23, 2014

Há dias vi no facebook (através da Sylvya Agarus) uma imagem que, livremente traduzida, dizia que só precisamos de uma pessoa na nossa vida para a mudar por completo: nós. Já não me lembro do autor. Esta frase fez-me lembrar uma outra, acho que do atual Dalai Lama, que diz para sermos nós a mudança que queremos ver no mundo. Independentemente dos autores, o sentido de ambas é bem verdadeiro: todas as grandes mudanças devem começar dentro de nós (as grandes – não é mudar de secretária no trabalho: essa pode começar pelo nosso chefe). Quando há algo a mudar, seja no mundo seja em nós, não podemos esperar que sejam os outros a fazê-la. Primeiro porque ninguém a faz por nós e em segundo porque ninguém a faz por nós. E enganam-se se acham que nada podem fazer, por exemplo, no conflito que opõe judeus a muçulmanos. Se ensinarem uma criança judaica a amar uma criança muçulmana já terão mudado algo. Parece-vos impossível? A indiferença é que, de certeza, não muda nada.

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Agosto 22, 2014

Apesar do AVC e da paralisia, sou um privilegiado. Mantenho a que, para mim, é uma das capacidades mais importantes que temos: sermos nós próprios. A inteligência dá-nos a capacidade de nos adaptarmos, mas a capacidade de não o fazer, tentando não magoar quem quer que seja, é mais rara, complicada de obter e não se consegue com inteligência. Essa capacidade é, demasiadas vezes, incompreendida. Não alinhar com a maioria só porque sim, pensar e ter a nossa, bem fundamentada, opinião é muitas vezes confundido com arrogância. Manter-se fiel, com qualidade de argumentos e não apenas por teimosia, é complicado: toda a gente gosta de aceitação e isso implica, muitas vezes, mudar de opinião. Mantê-la e fundamentá-la com qualidade não é teimosia: é arte.


Não estou com isto a dizer que nunca devemos mudar de opinião – lembrem-se que mudar é sinal de inteligência, mas não a mudar só para, como dizem os americanos, go with the flow, é algo que devemos perseguir.


Eu, felizmente, tenho o privilégio de pensar por mim e, mesmo que doa a alguém, ter a minha própria opinião. Pena é que esse alguém seja, muitas vezes, eu.


Não alinhem em carneiradas e pensem. Um erro bem fundamentado é mais valioso que estar certo sem saber porquê.

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