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Janeiro 11, 2013
a mortalidade das florestas repousa silenciosa sobre um rio negro
e as mãos calejadas das tempestades apertam com muita força
o pescoço musical de animais muito mortos pelas pautas
como se oliveiras beijassem sombras e cerejas coloridas
gritos e esperma devoram as cavernas do amor e do peito
e pássaros barulhentos cantam em cercas de aventura
enquanto armas de terra tentam desesperadamente um sonho
ou um respirar no meio da sociedade dos violinos
zangada e num franc^ens quase perfeito a semente das coisas brancas
sussurra-me a morte cinzenta da poesia na língua de água das cores
e das lâmpadas incandescentes que iluminam fogueiras de desempregados.