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Março 07, 2013
longe das serras mais verdes, um rio de névoa corre sozinho entre os juncos mais altos duma cara vincada pela imobilidade dos muros. num tempo em que caiem árvores, é a sombra que, quando caiem, fazem sobre os corpos dos amantes que nos salva do infinito. no longínquo delta da névoa, saltam lágrimas silentes dos olhos dos juncos e a falta de oxigénio adensa os vincos e a quietude. a distância a's serras cresce com o nobre andar do rio e os passos longos da névoa marcam o sangue e a pele de um lobo sem asas e já um pouco morto pelos muros.