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Março 16, 2013
por vezes de noite escorre-me entre os dedos um fôlego ao aroma das cores
um respirar ofegante que me
separa o sangue da carne e me olha parado no infinito
na realidade são as sombras desse nobre
que me revelam o sentido amarelo das coisas
o que foi prazer e vida
é agora homicídio e fogo
heroína silente em veias velhas
o corpo definha ao som dos cigarros fumados pelos fôlegos
e as mãos assustam-se ao tocar nas rugas de silêncio e sombra da noite