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Janeiro 20, 2014
é para ti que se enrolam as ondas
na nudez do mar
e mesmo assim
não consigo compreender
o silêncio que te escorre dos olhos
quando os espasmos da tua pele
me segredam ao corpo
a vertigem da entrada
o hálito a livros
entre os teus seios
impede a minha pele
de saber o sabor do trigo
mas não evita que eu
saiba como é não dormir
e perceba ao que sabem as serras
descer pelo teu sangue
e mergulhar com a língua
na humidade da tua nascente
é como lavar as mãos num lago de fogo
e sobrarem versos à porta