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Agosto 25, 2014
É certo que não somos só palavras. No entanto, casos há em que estas são completamente fundamentais. Por exemplo, no meu caso: sem querer ir para a cadeira de rodas, se não ler como é que saio de casa? No meu caso, as palavras são, mais que uma viagem, uma terapia (mais uma). Uso-as. Coloco-as. Abuso delas e, até, as engulo. Se já tinham um papel indispensável na minha vida, depois da sulipampa (AVC para os mais distraídos) tornaram-se totalmente basilares. Neste momento, só o amor (no sentido mais lato do termo) é mais importante.
Como devem imaginar, a perturbação dos músculos veda algumas coisas, mas não atinge o sangue e as hormonas – o que leva a alguns conflitos comigo mesmo (nada que não se resolva, mas não são muito saudáveis). Tento resolvê-los com a escrita e com a leitura. E muitas vezes resulta, mas é certo que não somos só palavras.