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Dezembro 18, 2004
são castelos de sangue e medo
mascarados por Dezembro
empalados por vigas de prata alheia
que enchem as ruas de falsas luzes
na estúpida tentativa
de engolir as próprias sombras
os perfumes são reles
(não escondem as feridas do suor)
os casacos remendados
(não escondem os ossos destapados)
os lábios uma mentira
e os olhos a miragem de um sorriso
(como as ideias também as serpentes são belas)
a rainha das víboras mordeu-me o pescoço
e o veneno coagula como aço fundido
agora apenas as palavras porque o corpo
ou porque o que penso ser o corpo
está morto e enterrado numa vala de granito
mascarados por Dezembro
empalados por vigas de prata alheia
que enchem as ruas de falsas luzes
na estúpida tentativa
de engolir as próprias sombras
os perfumes são reles
(não escondem as feridas do suor)
os casacos remendados
(não escondem os ossos destapados)
os lábios uma mentira
e os olhos a miragem de um sorriso
(como as ideias também as serpentes são belas)
a rainha das víboras mordeu-me o pescoço
e o veneno coagula como aço fundido
agora apenas as palavras porque o corpo
ou porque o que penso ser o corpo
está morto e enterrado numa vala de granito