#54
Junho 14, 2025
Senti cada palavra como se fosse minha.
Também conheço essa estranheza do mundo que continua, indiferente, como se a tua dor fosse só mais um detalhe numa segunda-feira qualquer. O absurdo de um dia útil, banal, onde o coração de alguém para e o nosso quase também, mas tudo à volta segue — o trânsito, o café morno, a caixa do supermercado a perguntar "tem cartão cliente?".