Auto-dedicatória ao não acordar
Novembro 29, 2004
Sabes que o dia te amarra os membros cansados
às patas vermelhas de um cavalo de gritos
e que o pelo no teu corpo é quase a vassoura dos homens pequenos
talvez não saibas é que o vazio nocturno de versos é uma lâmina
e que na penumbra os lençóis se embrulham na minha pele
como um pijama de areia demasiado pesado para dormir
Se ao menos escrever fosse como selar o silêncio em envelopes de sangue
e todos os versos fossem o endereço do teu sono ou insónia
talvez compreendesses a lentidão do sol ao despertar
mas a maioria da espuma é muito branca e perde-se muito
muito antes de ser espuma de mel nos teus lábios
e as ondas quando chegam são já muito indecifráveis
Lembra-te a noite é a tua solidão e o mercúrio transparente nas minhas feridas.
às patas vermelhas de um cavalo de gritos
e que o pelo no teu corpo é quase a vassoura dos homens pequenos
talvez não saibas é que o vazio nocturno de versos é uma lâmina
e que na penumbra os lençóis se embrulham na minha pele
como um pijama de areia demasiado pesado para dormir
Se ao menos escrever fosse como selar o silêncio em envelopes de sangue
e todos os versos fossem o endereço do teu sono ou insónia
talvez compreendesses a lentidão do sol ao despertar
mas a maioria da espuma é muito branca e perde-se muito
muito antes de ser espuma de mel nos teus lábios
e as ondas quando chegam são já muito indecifráveis
Lembra-te a noite é a tua solidão e o mercúrio transparente nas minhas feridas.