avc-r
Abril 04, 2016
Neste percurso, neste já longo percurso, tenho-me cruzado com pessoas fantásticas e deixado para trás outras que eu julgava amigas. Não condeno ninguém e sei que as pessoas têm a sua vida, mas paciência tem limites. Independentemente dos motivos de cada um – que, até prova em contrário, acredito existirem – nada me obriga a aceitá-los. É muito tempo. Nada de novo. Quase toda a gente que atravessa dificuldades se queixa do mesmo, mas deixem que vos diga isso não minimiza o sentimento de abandono. Não estou à espera de mudar muita coisa com este desabafo, até porque, agora que o escrevi, as ações são vãs, mas já que não pensam em mim pensem no que sentem as pessoas que me rodeiam ao verem-me quase sozinho. Tetraplégico e quase sozinho.