avc-r
Abril 09, 2016
Vou voltar um pouco atrás. Contar o que tem sido a minha vida sem a Margarida. É possível resumi-la em uma só palavra: complicada. Para além dos, óbvios, tormentos sentimentais que foram provocados pela sua morte, também o lado prático da minha vida foi tremendamente afetado – e isto não é ser egoísta: é simples constatação. Por exemplo: era ela que tratava de agendar e coordenar as minhas terapias. A maioria das pessoas não se lembra de coisas que para elas são muito simples, mas que para mim são muito complicadas. Comer, por exemplo. Imaginem que só mexem uma mão – e mal – como fariam para comer? Claro que nisto posso sempre contar com a minha mãe, mas é só um exemplo.