avc-r
Abril 13, 2016
Depois de uma rápida e superficial leitura da minha cronologia, voltei-me para o que tem sido o meu, quase, vício dos últimos meses:
- Olá, Isabel. Por aí?
- Olá. Sim, que tal o dia? Tranquilo? Foste lá ao laboratório?
- Calma. Tanta pergunta. Bom. Sim e sim.
- Conheceste a tal doutora? Que te disse ela?
- Continuas imparável. Conheci e não me disse nada de especial. Disse que tinha que me fazer uns testes. E deu-me um termo de responsabilidade para eu ler e se concordar: assinar.
- E já leste?
- Não, mas já assinei.
- Assinaste sem ler?
- Sim. Esteja lá o que estiver eu quero fazer o ensaio.
- E se lá disser que depois do ensaio vão-te matar? É melhor leres.
- Achas que vai lá estar uma coisa dessas?
- E se estiver? Não sabes. Não leste, não sabes.
- Isto pode parecer um absurdo, mas a vida está cheia deles e o pior é que alguns vêm mascarados e enganam a razão. Por vezes o instinto fala muito alto e, neste momento, o meu está aos gritos a dizer que eles são de confiança.