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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

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Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

Compulsão - 12

Junho 05, 2025

quando saímos do avião – e do aeroporto –, entrámos num táxi e como a doutora Sandra fala um pouco de italiano, assumiu ela a comunicação com o condutor. apesar de eu não reconhecer o nome do hotel onde ficaríamos, estava a reconhecer partes do caminho e isso deixava-me preocupado. por vezes, ela levantava-se e inclinava-se para falar com o taxista. nesses momentos, tudo em mim paralisava: pernas, braços, até a mente. só no pénis sentia algum movimento.


o carro tinha um ambientador com um suave perfume a canela e nas colunas sucediam-se músicas ao estilo smooth jazz. o aquecimento estava ligado e fez com que despíssemos os casacos. a doutora Sandra tinha um vestido de malha, rosa seco, alças e justo, muito justo, tão justo que nele se desenhava cada linha do corpo dela, realçando-lhe os seios e as acentuadas curvas das ancas. tinha as nádegas volumosas e quando ela se levantava, o vestido, já por si curto, subia um pouco mais e revelava-lhe alguma pele das coxas e a renda em que terminavam as meias de liga pretas. a visão estimulava-me a imaginação e afastava-me um pouco das minhas preocupações. vendo-a daquela forma, as nádegas eram como um supermassivo buraco negro, atraindo-me vigorosamente para o seu interior. só conseguia pensar em agarrá-la e possuí-la por trás. ela parecia saber dos meus desejos e, algumas vezes, levantava-se para conversas totalmente desnecessárias.
quando o táxi parou, as minhas preocupações tornaram-se medos: reconheci a fachada do hotel – sabia já lá ter estado e as recordações não eram as melhores.
Desta vez, quando regressar, falo com a professora. – Pensei.
enquanto fazíamos o registo, perguntei à loira, jovem e sensual rececionista se já tinham reparado o aquecimento. com um inglês muito trapalhão, respondeu que não tinha reparação e que só podiam tê-lo ligado ou desligado.
Ora essa! Se não tem arranjo: substituam! – Refilei para comigo.
quem vê a entrada (a limpeza imaculada – o chão em madeira, tão limpo e brilhante que dá a sensação que poderíamos usá-lo como mesa de refeições -, o teto e as paredes brancas, o enorme balcão também branco – a imitar uma onda e com tampo em granito preto - e a cortina de luzes led atrás do balcão da receção), não adivinha os problemas que o hotel tem.
depois de fazer o registo, a bonita rececionista, chamou um carregador de malas, deu-lhe as chaves, disse-nos que os quartos ficavam no sexto andar e, com um gesto delicado, apontou-nos o elevador.
a porta estava perfeitamente enquadrada no aspeto atual e minimalista da receção, mas quando se abriu mostrou um elevador velho e até algo assustador. a cabine era estreita e obrigou-nos a fazer uma fila: primeiro eu, depois a doutora Sandra, o carrinho com as malas e finalmente o carregador.

os três e o carrinho das malas praticamente não deixávamos nenhum espaço livre. quando a porta se fechou, o carregador fechou uma outra: uma grade em metal que se abria e fechava como um fole.
Meu Deus! Isto não se usa há décadas! – Pensei.
as subidas nádegas da doutora e os seus firmes seios dispararam o meu apetite. levantei-lhe o vestido, segurei-lhe no cabelo e possui-a. quando o elevador parou, fechei os olhos com força e abri-os novamente. olhei em volta e tudo estava calmo, a minha imaginação e o meu desejo tinham controlado os últimos segundos.


o pouco espaço naquele cubículo, obrigou a alguns malabarismos para sairmos e encontrar o longo corredor com portas dos dois lados e, como quase todos corredores em hotéis, alcatifado: detalhe que eu odeio. apesar de eu saber que alcatifas tornam os espaços mais quentes e silenciosos, não consigo deixar de pensar que, se não forem limpas com frequência, são pouco higiénicas.
caminhámos, mais ou menos, até meio do corredor e o carregador parou. abriu duas portas e disse:
- Os vossos quartos… - Tirou as nossas malas do carro e rapidamente se afastou.


a doutora Sandra, com um sorriso que, mais do que provocação, era convite, dirigiu-se para a porta de um dos quartos e, enquanto a abria, torceu-se para mim e disse:
- Se precisares de ajuda com alguma coisa… bate.
antes de entrarmos, combinei com ela almoçarmos juntos no hotel e aproveitar a tarde para darmos um passeio.

 

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