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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

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>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

Compulsão - 8

Junho 02, 2025

ainda hesitei, mas depois de almoço liguei-lhe e combinei encontrá-la junto ao Campo Pequeno. planeava levá-la a um pequeno restaurante italiano que eu já conhecia. a minha ideia era estacionar perto do restaurante e ir buscá-la a pé.

quando já conseguia vê-la, encostei-me a uma árvore e, sem que ela me visse, durante algum tempo, fiquei a observá-la. via uma, ligeiramente desfocada, auréola branca ao seu redor e todos os seus movimentos me pareciam leves e graciosos. estava com uma camisa branca e com umas calças de ganga que achei muito sensuais e femininas: com boca-de-sino e cintura descaída. sorri e inspirei profundamente no ramo de margaridas brancas que lhe trazia. foi como se estivesse a inebriar-me nos aromas que lhe refrescam a pele.

aproveitei ela estar de costas para me aproximar silenciosamente, pé ante pé,

como uma criança a preparar uma asneira. quando já estava suficientemente perto chamei-a. ela voltou-se e foram evidentes a alegria e a surpresa quando me viu com um ramo de flores na mão. mostrou-se atrapalhada e trapalhona quando lhas dei, claramente indiciando não estar habituada a ser tratada daquela forma.

dei-lhe as flores e ela, sem parar de sorrir, agradeceu-me, pendurou-se no meu pescoço e, muito perto da minha boca, como se beijasse um namorado, voltou a agradecer-me – desta vez com um arrastado murmúrio.

sorri e, já incendiado, segurei-lhe na mão para a conduzir ao restaurante. no caminho, várias vezes, levantou o ramo para o ver e mostrar a toda a gente.

chegados ao restaurante, assim que entrámos, um funcionário abordou-nos:

- Boa noite! Não sei se já conhecem a nossa casa. Temos três salas, uma delas no exterior em que cada mesa tem aquecimento próprio. É muito agradável, mas se quiserem ver primeiro…

apesar de ser inverno, não chovia nem ameaçava. para além disso, eu sabia que ao lado de cada mesa, a imitar um candeeiro de chão com pé alto, havia um aquecedor exterior a gás e que não teríamos frio. respondi:

- Não vale a pena. Nós conhecemos. Se ainda tiver os aquecedores, ficamos lá fora.

- Tem, sim. Sigam-me, por favor!

o restaurante era uma vivenda adaptada e o jardim tinha sido reconvertido na dita sala exterior. era um espaço totalmente relvado com apenas quatro mesas, tal como as cadeiras, de madeira envelhecida, negra e maciça. das quatro mesas, duas estavam ocupadas. fomos encaminhados a uma das outras:

- Pode ser aqui?

- Está perfeito, obrigado.

o homem afastou da mesa uma das cadeiras e retirou-se. assim que nos sentámos, uma mulher aproximou-se, pousou duas ementas sobre a mesa e disse-nos:

- Boa noite. O meu nome é Mariana e esta noite serei responsável pela vossa satisfação. Qualquer coisa é só chamarem.

apesar de ser a céu aberto, o espaço era muito acolhedor: algumas árvores, de copa densa, impediam que se notasse estarmos no meio da cidade; cerca de três metros acima das nossas cabeças uma, quase invisível, estrutura clareava o espaço com pequenas luzes led e permitia em cima de cada mesa um candeeiro, que imitava um barco de papel e a iluminava com serenidade; os muros que rodeavam o jardim estavam camuflados por trepadeiras de várias espécies e, espalhados pelo chão, de um laranja que contrastava muito com o verde da relva, pufes em forma de pera espalhavam modernidade e conforto.

como já conhecia o restaurante disse à Maria que para entrada não fazia ideia, mas que para prato principal sugeria a lasanha vegetariana. perguntei-lhe também se bebia vinho. branco – disse. chamei a Mariana, fiz o pedido e pedi a carta de vinhos.

durante o jantar surgiu uma conversa que me era cara:

- Sabes, Bruno, eu acho que há casos em que a companhia é sobrevalorizada. A maior parte do tempo que passo sozinha é tempo de qualidade. Afinal é tempo passado com a melhor pessoa do mundo. Nem para o sexo precisas de companhia.

- Não é igual…

- Claro, mas dá para desenrascar.

- Há momentos em que precisas de respostas ou que alguém te aponte um caminho.

- E porque hão de ser melhores as respostas e caminhos dos outros? Tens é que confiar em ti.

- É prepotência pensar que as nossas respostas são sempre melhores que as dos outros.

- Por isso é que disse logo de início que “havia casos”.

não concordava com ela, mas não achava argumentos para lhe desmontar a tese. na realidade, nem queria:

- Talvez. Outra coisa, Maria. Muito discretamente, olha para debaixo da mesa dos nossos vizinhos.

era um casal com cerca de trinta anos. nórdicos, talvez. notava-se que era um casal muito alto. e eram muito loiros. e muito brancos. e os dois tinham olhos muito azuis. no caso dela, as feições eram finas e, para além de azuis, os olhos eram inefável brilho e gritante libido. tinha o cabelo pelos ombros, todo por igual e a tapar-lhe, com sensualidade, metade do rosto. vestia uma blusa de tule preta, praticamente transparente e cuja gola era redonda, também preta, mas em tecido opaco. ao contrário do resto da blusa, a gola era relativamente apertada e ajustava-se ao pescoço da mulher quase como uma coleira. não tinha sutiã, o que permitia ver dois seios pequenos e perfeitamente simétricos. os mamilos estavam eretos e, ao observá-los, facilmente se percebia estar excitada.

estavam em silêncio, mas sorriam.

debaixo da mesa, a mulher estava descalça, com as pernas esticadas e com os pés apoiados na cadeira dele. o homem tinha o pénis fora das calças e ela usava os pés para o masturbar. o pénis estava enorme, tinha a ponta muito brilhante e notavam-se nele algumas veias a pulsar.

em cada mesa havia uma vela. a chama da deles estava muito brilhante, parecia dançar e projetava uma mistura de sombras, luz e cores no rosto deles. parecidas com pinturas de guerra de uma qualquer tribo africana. as projeções tornavam-nos ainda mais sensuais. olhei para a Maria apenas para confirmar que a vela da nossa mesa não fazia nela o mesmo efeito.

não pareciam nada incomodados com a nossa curiosidade. acho que ainda os excitava mais. ela acelerou o ritmo dos movimentos, ele atingiu o orgasmo e o esperma acariciou os pés dela. nesse preciso momento, a Maria, soltou um, quase impercetível, gemido, olhou o homem nos olhos e ambos sorriram.

 

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