Continuação – "Sombras e Fome" (final)
Maio 18, 2025
(continuação daqui)
— A terra... está a rasgar-me os seios!
— Estás a ser marcada. Como eu fui.
— Estás a gozar com isto!?
— Estás a vir-te. Treme-te o corpo todo.
— É dor! É prazer! Eu… não sei!
— Assim começa. Confusão. Calor. Depois… abertura.
— O chão... abriu-se debaixo de mim!
— Estás pronta para descer.
— Não! Ajuda-me!
— Não vim salvar-te. Vim servir-te.
— As minhas mamas... estão a ser puxadas para dentro da terra!
— Elas bebem pelo peito. Pela carne mais viva.
— Estão... a entrar por dentro de mim!
— Os teus mamilos vão florir debaixo da lama. E gritar.
— Queres que eu morra assim!?
— Quero que renasças como sombra. E desejo.
— Estão-me a abrir as pernas!
— Deixa. Oferece-te. Já não és só tua.
— Não... não quero...
— Então porque gemes assim?
— Porque o corpo trai! Porque ainda me tocas...
— E porque queres. Cada fibra tua quer desaparecer com um orgasmo.
— Sinto as raízes a entrarem... pelo meu sexo... pelos meus mamilos...
— Estás a ser semeada.
— O que vai nascer de mim!?
— Algo com fome. E beleza. E sede.
— Estás a rir!?
— Estou a acolher-te. Estás quase.
— O meu coração... está a parar.
— Mas os teus seios... continuam a pulsar.
— Último orgasmo...
— Sim. Vai. Deixa-te morrer com prazer.
— AaaaaaAAAHHH...
— Perfeita.
— ... eu vejo...
— O quê?
— ... vejo-te por dentro...
— Então já és uma de nós.