diário
Abril 04, 2016
o problema é o corpo não ter a coragem do sangue
como os tigres caminham silenciosos pela floresta
ou os juncos abraçam a margem mais sombria dos rios
a frescura da tua pele é maior que a das chuvas florestais
e as aves que repousam na sombra do teu corpo de luz
penetram nos meus olhos como se o infinito parasse
nos lagos cuja carne e o sangue são sonhos indomáveis
como animais inebriados pelo próprio vento