diário
Abril 06, 2016
na humidade das fontes
e no calor dos vales
a face despida de um pássaro
encanta as estrelas com letras de anjo
enquanto as palavras esperam o sono
é a nudez do poema na imobilidade das imagens
que incendeia o corpo numa fogueira de desejo
e os lábios da vontade em gemidos de mar aceso
nos teus olhos escreve-se o prazer das almas
e na nudez imaginada escrevo o deleite do sangue
com o interior vermelho do teu corpo de página em branco
quando ficas em silêncio sou a luz que te sobe pelas pernas
e o vento no despertar mágico dos teus seios
sou o arrepiar dócil da tua pele