diário
Abril 21, 2016
é nevoeiro o brilho das estrelas
quando da tua boca sai a indizível
teia de amor
é silêncio o rumor do mar
no geométrico infinito
do teu rosto
só nas nuvens é possível escrever as tuas mãos
e apenas no calor é que elas se movem lentas
inerente ao prazer do toque está a tua respiração
e a energia que ela transmite e revela aos sismos
é na furiosa agitação da carne que grito o teu nome
mas nas chamas do teu corpo arde a serenidade
e ignoras as exclamações de amor na minha voz
finges não perceber o sangue nos meus dedos