Maria
Junho 21, 2025
Maria andava à minha frente, os pés leves sobre a terra molhada. A camisa branca, fina, colava-se-lhe à pele, traçando os contornos do corpo como se quisesse ser arrancada. Quando se virou, o olhar disse mais do que qualquer palavra: queria ser lida, não decifrada.
Parou numa clareira onde a luz filtrava-se pelas folhas. Sem aviso, desabotoou a camisa — lentamente, com uma espécie de calma cruel. Os seios surgiram plenos, firmes, desafiadores. Quase perdi o fôlego. Ela notou.
— Gostas de olhar — murmurou, aproximando-se. — Eu gosto que olhes.
Beijei-lhe o pescoço, desci pelos ombros, até que os meus lábios encontraram o que já desejavam. Os mamilos endurecidos responderam ao toque da minha língua, e ela gemeu baixo, entre dentes, puxando-me com força pela nuca. As mãos dela já me tinham aberto a camisa, explorando-me como se procurasse algo que só o corpo reconhece.
Encostou-me a um tronco. Subiu para mim, as pernas à volta da minha cintura, e encaixou-se sem hesitar. Quente, apertada, molhada. A floresta, cúmplice, envolvia-nos no seu silêncio. Eu entrava e ela arqueava. Ritmo, suor, dentes na pele.
Não havia tempo, nem depois — só aquele agora.
Quando acabou, Maria sorriu, já vestida outra vez.
— Não digas nada. O que se passa na floresta, fica na floresta.