Véspera
Maio 20, 2025
nos teus seios pousa o silêncio
de uma noite que ainda não nasceu:
é ali que o mundo respira devagar,
como fruta guardando o orvalho
antes de ser mordida.
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Maio 20, 2025
nos teus seios pousa o silêncio
de uma noite que ainda não nasceu:
é ali que o mundo respira devagar,
como fruta guardando o orvalho
antes de ser mordida.
Maio 19, 2025
como pêssegos no fim da tarde,
os teus seios guardam um calor que não é fogo,
mas memória a amadurecer devagar.
Maio 07, 2025
é dentro da tua boca
que evolui o fogo:
fulgente;
forte.
no teu peito
gritos viris
e a mansidão do leite:
sedutores.
depois, o teu ventre,
onde arde um lume brando,
onde a boca se perde
e a carne aprende.
e entre as tuas coxas,
o silêncio pulsa,
quente,
como um bosque em chamas.
nos teus pés
repousa o cansaço do gozo,
trémulos,
ainda cheios de caminho.
no rastro do teu corpo,
fica acesa a memória:
um perfume,
um arder intemporal.
Maio 11, 2023
os lábios dela conseguem lançar as sementes que fazem o trigo nascer dourado – e crescer eternamente. é o seu nome que me veste de alegria quando os dias são de sombra. recordo-lhe a voz permanente:
as palavras continuam
flutuam-lhe entre os lábios
como um desfile de sol apresentado por Deus
considere-se também o corpo: como um anzol a ferir as mãos ou a brilhar e destacar-se em água cinzenta. recordo-lhe a urgência. era um caminho sem fim para a volúpia. apesar de jovem, já tinha a maturidade das estrelas. tal como hoje, era a dança das serpentes.