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Fevereiro 02, 2013
a insónia tem o cheiro do diluente e sabe a serpentes de silêncio nuas. vicia. as luzes amarelas das cidades caiem sobre os homens e, sem fazerem sombras, alimentam a noite e roubam-lhes o repouso da morte temporária.
o infinito corre apenas para o nunca mais
e a carne apodrece mergulhada em diluente,
envenenada por serpentes silenciosas.
a lentidão da voz e das mãos
reforça a necessidade do sonho
e a humidade da cara
a de sonhar com nuvens.