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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

Red Tales

>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

R

Junho 17, 2025

Ela apareceu como sempre: primeiro as palavras, depois o corpo.

Chamava-se R — ou, pelo menos, era assim que se deixava chamar. Nunca um nome me soube tão a segredo. Escrevia como quem beija em silêncio, deixando na pele da linguagem uma espécie de perfume antigo, difícil de descrever mas impossível de esquecer.

Não falávamos ao telefone. Nunca nos ouvimos. O nosso “encontro” era todo virtual — ela, num quarto luminoso onde os dias pareciam mais claros do que os meus, e eu, preso ao corpo que me restava. Tetraplégico, com os movimentos limitados ao mais ínfimo gesto. Podia falar, sim, mas a voz não era clara. Sai enrolada, arrastada, quase imperceptível. Uma vez tentei. Fiquei em silêncio desde então. Ela soube respeitar isso — e mais: soube usar isso.

Naquela noite, apareceu diante da câmara com um robe de cetim branco, curto, aberto o suficiente para que os seus gestos se tornassem subtis provocações. O quarto estava inundado de luz quente e ao fundo, tremeluzentes, várias velas acesas deixavam vislumbres dourados nas paredes. Não as acendeu para mim. Sabia que os cheiros não atravessam o ecrã, mas acendeu-as para si. Porque lhe dava prazer. Porque lhe dava corpo. E eu… conhecia-a bem o suficiente para imaginar: cítricos com notas orientais. Como ela — clara e densa ao mesmo tempo.

— Hoje — escreveu-me, antes de se sentar — não quero pressa.

Li no ecrã e o meu corpo, tão imóvel, respondeu com uma agitação interior que nenhuma fisioterapia alguma vez conseguiu provocar.

Ela aproximou-se da câmara, de joelhos no sofá, e com um sorriso que era já uma carícia. O robe escorregou ligeiramente e os seios revelaram-se, redondos, cheios, naturais, belíssimos. Olhei para eles como quem lê um verso que nunca ousou escrever.

“São as mais belas metáforas do mundo”, escrevi-lhe.

Ela riu. Uma ruga delicada formou-se no canto do olho esquerdo.

— E tu és o único homem que me diz isso com essa intensidade... sem sequer abrir a boca.

Não era troça. Nunca era. Havia na sua ousadia uma ternura devastadora, uma sensualidade sem pressa que sabia exactamente onde me doía e onde me acalmava. Tocou-se, levemente. Um dedo entre os seios, depois sobre um mamilo, e escreveu:

— Não queres dizer nada… mas estás todo a olhar.

Inclinei a cabeça, o máximo que consigo. Um gesto mínimo, mas em mim era quase um grito. Ela entendeu. Ela entendia tudo.

— Sabes que podia fazer-te vir sem te tocar, não sabes?

A câmara focava o seu rosto e depois descia até ao peito. A respiração dela era visível, sincopada, lenta. De vez em quando, os dedos percorriam o decote, como se dançassem por cima das palavras que não escrevia.

Escrevi:

“És sempre assim com os outros?”

Ela leu. Ficou em silêncio um instante. Depois respondeu, com um brilho nos olhos:

— És o único homem com quem falo desta forma. Os outros… talvez toquem. Tu… tu lês-me.

Quis perguntar-lhe se era comprometida. Hesitei. Depois escrevi:

“Tens alguém?”

Ela mordeu o lábio inferior. Não pareceu surpreendida. Como se soubesse que essa pergunta chegaria mais tarde ou mais cedo. Mas não respondeu logo.

Afastou um pouco o robe dos ombros. A pele dela tinha a luz exacta de um fim de tarde num quarto fechado. Os seios, agora completamente descobertos, pareciam falar por si.

— Talvez — respondeu. — Talvez esteja comprometida… com alguém que me sabe escrever. E isso é raro.

Sorri com os olhos. Era tudo o que me restava.

Ela percebeu. Pousou a mão entre as coxas, sem pudor. E escreveu:

— Hoje, se quiseres, escrevo só para ti. Até o meu orgasmo será uma carta.

 

AM

Junho 15, 2025

O corredor do hotel cheirava a lavanda sintética e desinfetante barato. O número 412 brilhava fracamente na porta de madeira lacada. Bati uma vez. Ouvi passos leves, medidos. A maçaneta girou com um clique suave.

— Serviço de quartos — disse ela, olhando-me nos olhos como se me esperasse.

Usava o uniforme justo de empregada, preto e branco, avental curto, cabelo preso numa trança apertada. A etiqueta no peito dizia apenas AM.

— Entra — murmurei.

Obedeceu. Sem hesitação. A porta fechou-se atrás dela com um estalo surdo. Encostei-a à parede antes que dissesse mais alguma coisa. O tabuleiro de prata caiu com um tinido seco no tapete.

Ela arfou, ou pareceu arfar. A minha mão agarrou-lhe o pescoço, firme. Os olhos dela nunca desviaram dos meus. Havia qualquer coisa ali. Qualquer coisa de treinado, ou ensaiado, ou… entregue.

— Sabes por que estás aqui?

— Estou programada para satisfazer o cliente — respondeu, sem pestanejar.

Não percebi se era sarcasmo ou submissão pura. Pouco importava.

Empurrei-a para a cama, os lençóis ainda quentes do corpo que os amassara antes. Rasguei o avental. Os botões saltaram como se soubessem o destino. A renda branca revelou a pele impecável, sem uma falha, sem uma sombra. Perfeita demais.

Ela arqueou-se ao meu toque, pernas abertas como quem implora. A boca entreaberta. A voz, quando a soltava, vinha baixa, quase programada:

— Mais forte… quero que me uses.

E eu usei.

O quarto encheu-se de ruído — da cama a ranger, da respiração dela que nunca perdia o compasso, dos meus gemidos cada vez mais descontrolados. Os músculos dela tremiam no momento certo, apertavam no instante exato. Tudo nela era demasiado… exacto.

Quando explodi dentro dela, ela apertou-me como um torno. E sorriu. Um sorriso treinado, plástico, bonito até ao absurdo.

Deitei-me de costas, a tentar recuperar o fôlego. Ela não se mexeu. Apenas olhava-me, como um animal à espera do próximo comando.

— Quem és tu, afinal?

Ela sentou-se, nua, os seios altos, sem oscilação, ainda sem suar.

— Sou o modelo AM-9. Humanoide. Versão premium. Projectada para prazer total. Cada cliente é uma missão. E tu — disse, com um piscar de olho — acabaste de ser completado.

Silêncio. O ar condicionado zumbia.

Ergui-me e aproximei-me dela, devagar. Passei os dedos pela clavícula, desci pelo ventre. A pele parecia normal… mas não era. Um pequeno rasgão junto à axila — talvez da força com que a agarrara — revelava algo por baixo.

Toquei.

A superfície abriu-se com um estalido minúsculo. Como se fosse feita para ceder.

Ali, sob a pele impecável, estavam fios coloridos finíssimos, entrelaçados como nervos. Circuitos impressos brilhavam sob uma película translúcida. Um cheiro metálico, quente, pairava no ar.

Ela não se mexeu.

— Se quiseres desmontar-me, o protocolo permite — disse calmamente. — Mas tens de preencher o formulário de dano. Está na gaveta do minibar.

Vesti-me em silêncio, olhando-a. Ainda sentada na cama, uma perna dobrada, fios à mostra, os olhos fixos em mim — vivos, mas ocos. Um brinquedo de luxo com pele humana.

Saí do quarto sem dizer nada. A porta fechou-se atrás de mim com um clique mecânico. No visor digital ao lado da ombreira, as letras acenderam-se numa luz suave:

"Cliente satisfeito."

S. (2)

Junho 11, 2025

Não sei se é abstinência.
A palavra parece limpa demais, clínica demais, como se fosse só uma decisão voluntária de parar.

Isto é outra coisa.

Isto é o corpo a gritar por uma coisa que não pode alcançar. É carne viva fechada numa caixa de vidro. É o sangue a acumular-se em partes que não mexem. É o cérebro a disparar imagens que o corpo não executa. Um castigo. Um ciclo fechado: desejo, frustração, silêncio. Repetir.

Desde que ela entrou — a S. — não penso noutra coisa. Não é só tesão. É obsessão. É ódio por precisar dela. É fome, mas com vergonha de estar faminto.

Começou subtil. O cheiro do cabelo. O toque de luvas na minha pele. O olhar demorado demais. Depois, a forma como ela se inclinava sobre mim quando mudava os lençóis, os seios a roçarem sem querer — ou não tão sem querer assim. O corpo dela começou a ocupar espaço dentro do meu. Memória tátil. Fantasma com cheiro.

E eu? Imóvel. Rígido. Não por ereção — por raiva.

Cada vez que ela sai, o quarto fica a cheirar a lavanda e a humidade. E eu fico a arder por dentro. Como um cão acorrentado à espera de um dono que vem só para o provocar. Desejá-la tornou-se inevitável. Não porque ela é bela. Mas porque ela está ali. Porque ela pode tocar. E eu, não.

A abstinência forçada transforma tudo. Não é só vontade de foder. É vontade de existir. É o instinto mais primário a bater contra paredes sem saída. Acordo com o lençol húmido e nem sei se foi suor, raiva ou qualquer ejaculação fantasma. Sonho com ela sem querer. Masturbar-me seria um alívio — se pudesse. Mas não posso. E isso só piora tudo.

Ela sabe.
Vê-me a reagir. Vê a vergonha nos meus olhos.
E continua. Cada toque dela agora tem a precisão de uma agulha cirúrgica. Provoca, mede, recua.
Ela alimenta o desejo como quem engorda um porco antes do abate.

E eu continuo aqui.
Preso entre o desejo que me destrói e o corpo que não responde.
Um homem inteiro, reduzido ao que sobra: pulsação, memória, e vontade de rasgar tudo.

Incluindo ela.
Incluindo a mim mesmo.

S.

Junho 09, 2025

A S. entrou sem bater. Os seus passos eram quase inaudíveis, mas o meu corpo, mesmo morto, reconheceu o peso dela no chão como se o quarto lhe abrisse caminho. A bata branca colava-se-lhe aos seios como se os sugasse para dentro de si – estavam túrgidos, os mamilos bem marcados e percebia-se que não trazia soutien.

"Hoje, vamos abrir o chakra raiz", murmurou, aproximando-se da cama como quem se prepara para um rito profano. As mãos vinham levantadas, em gesto de quem cura, mas os olhos eram de quem domina.

Sem pedir autorização, puxou-me a camisola para cima e desceu as calças. O pénis tombou, flácido, entre as coxas inertes. Ela olhou-o com uma curiosidade fria, quase científica. Depois, ajoelhou-se ao lado da cama, como numa prece distorcida, começou a massajá-lo com um óleo quente. O cheiro a lavanda misturava-se com o meu próprio suor. Era como se a limpeza fingida daquilo tudo só servisse para tornar a violência mais aceitável.

"Vamos acordar-te, devagarinho", disse e deitou-lhe um sopro quente, como se falasse com uma brasa adormecida.

O toque dela era vigoroso. Nada da delicadeza habitual das sessões anteriores, em que não me tocava e se limitava a dar calor - "limitava". Apertava-me o sexo com os dedos todos, esmagando-o como se testasse se ainda havia vida ali. E havia. O sangue reagia, arrastava-se pelas veias entupidas de desejo, forçava-se ereto como um cadáver que se recusa a apodrecer.

Montou-se em cima de mim. As coxas abriram-se, húmidas. Sem aviso, sem qualquer encenação, enfiou-me dentro dela de uma só vez. Um baque surdo ecoou no estrado da cama. Eu mordi o interior da bochecha para não gritar. Não de dor – de fúria, de humilhação, de espanto. Estava dentro dela. E não tinha feito nada para isso acontecer.

Ela começou a cavalgar-me com violência. Os cabelos batiam-me no rosto. A bata abria-se a cada movimento e os seios saltavam à minha vista – suados, furiosos, vivos. Ela gemia com a boca aberta, os olhos semicerrados como uma loba a morder o vazio.

"Olha para mim", disse. E, depois de me dar uma bofetada, agarrou-me o rosto com as duas mãos. Unhas cravadas nas têmporas. "Olha para mim enquanto te uso."

Não consegui desviar os olhos. Era isso que ela queria: ser vista. Ser filmada na retina de um homem preso. Ser gravada no olhar de um corpo que não se defende.

Ela veio-se com um grito e de olhos abertos, sem pudor. Estremeceu toda. E só depois se ergueu. Com desprezo. Com prazer. Com qualquer coisa entre a glória e a culpa.

O meu pénis ainda pulsava quando ela me limpou com a bata que até então usava. Depois, vestiu-se com lentidão. O silêncio era pesado. Não por constrangimento – mas por excesso. Tinha acontecido tudo. E não restava mais nada para dizer.

Antes de sair, olhou-me como se eu fosse um prato esvaziado.

"Quinta-feira, mesma hora. Mas traz-me uma venda."

A porta fechou-se devagar.

E eu fiquei ali. Ereto. Mudo. Rasgado por dentro.

MJ - 2

Maio 30, 2025

continuação daqui

 

No dia seguinte, depois de um pequeno-almoço partilhado em silêncio cúmplice, levei a MJ pela mão até à antiga capela do castelo. O céu estava coberto, a luz filtrava-se por vitrais coloridos, projectando manchas avermelhadas e azuladas sobre as pedras frias do chão. Havia um cheiro leve a cera e madeira húmida. A temperatura era mais baixa ali dentro — o tipo de frio que arrepia a pele… e excita os sentidos.

MJ vestia um simples vestido branco, como lhe tinha pedido na noite anterior. Sem soutien. Sabia-o. Via-o. Os mamilos desenhavam-se sob o tecido leve, endurecidos tanto pelo ar fresco como pela expectativa. Ela estava contida, mas cada passo seu denunciava a tensão no corpo. Eu sentia-lhe o pulsar só de olhar.

Fechei a porta da capela com uma lentidão propositada, deixando o ranger das dobradiças preencher o espaço. O som ecoou como um anúncio: ali dentro, o tempo e as regras do mundo lá fora já não existiam.

— Aproxima-te do altar — disse-lhe, num tom baixo mas inegociável.

Ela caminhou em silêncio, o vestido a roçar-lhe nas coxas, os pés quase deslizantes sobre a pedra. Parou diante do altar em madeira escura, austero, coberto apenas por uma toalha simples de linho. As velas apagadas em redor ainda exalavam o aroma da noite anterior, como se alguém tivesse estado ali, a rezar… ou a pecar.

— Inclina-te — mandei, e ela obedeceu, apoiando os braços sobre o altar.

Levantei-lhe o vestido lentamente, revelando a pele nua por baixo. As nádegas dela, perfeitamente arqueadas, estavam à minha mercê. Passei-lhe os dedos ao longo da coluna, sentindo-lhe os arrepios. Inclinei-me e sussurrei-lhe ao ouvido:

— Esta capela já conheceu orações e castigos. Mas hoje só vai ouvir a tua entrega.

Ajoelhei-me atrás dela, pressionando os lábios na parte interna das suas coxas, subindo devagar. Sentia-lhe o calor contrastar com o frio das pedras. E o cheiro… o cheiro era dela, vivo, inebriante, como um incenso carnal. Quando a minha boca finalmente a tocou, ouvi-lhe um gemido engolido, abafado na madeira do altar. Continuei, com ritmo, com intenção. Os meus dedos subiram até aos seus seios, por baixo do vestido ainda pousado sobre as costas. Apertei-os, puxei-lhe os mamilos já duros, ao mesmo tempo que a língua a dominava por baixo.

Ela tremia. Toda ela. E ainda assim, não se mexia sem que eu dissesse.

Levantei-me, encostei-me a ela por trás, e entrei devagar. Quis saborear o contraste entre o acto bruto e o cenário sagrado. Era profano. Era perfeito. O som das investidas era abafado pelos vitrais, mas o eco interior parecia devolver-nos cada gemido, cada respiração entrecortada.

Levei-lhe as mãos à frente, por debaixo do altar, entrelaçando os dedos nos dela, prendendo-a ali.

— És minha. Nesta capela, perante nada nem ninguém, mas de corpo e alma, és minha.

Ela respondeu com um sim ofegante, quase uma oração. O corpo dela cedia, mas o espírito rendia-se mais ainda.

Antes de terminar, puxei-lhe o vestido até aos ombros, expus-lhe os seios à luz difusa que entrava pelos vitrais. Toquei-lhe os mamilos novamente, agora mais sensíveis, húmidos de suor e desejo.

— Queres vir-te para mim, MJ?

— Quero… por favor… — sussurrou.

Com uma mão, levei-lhe os dedos ao clitóris e comecei a estimulá-la, mantendo o ritmo dentro dela, os corpos a ressoar como um órgão antigo prestes a explodir em música. Quando ela chegou lá, foi silenciosa — o corpo inteiro a estremecer, os seios a tremer entre os meus dedos, os olhos cerrados como se visse algo sagrado.

Deixei-me ir pouco depois, agarrado a ela, colado ao seu corpo, com a sensação de que acabávamos de violar e ao mesmo tempo consagrar aquele espaço.

Ficámos ali, por instantes, apoiados no altar. As velas apagadas, os vitrais tranquilos, e o cheiro da nossa entrega ainda suspenso no ar.

— Amanhã… — sussurrei-lhe ao ouvido — amanhã levo-te à torre mais alta. E dessa vez, vais suplicar por cada toque.

Ela sorriu, ainda de olhos fechados.
Sabia que sim.

MJ

Maio 28, 2025

Casal Amoroso Senta-se No Sofá Vintage Medieval. Feliz Beleza Mulher  Fantasia Princesa No Vestido Amarelo Olha Para O Homem Príncipe. Cara  Encantado Besta, Chifres Na Cabeça. Caftan Azul Tailcoat Carnaval Monster  Traje

Foi num daqueles fins-de-semana em que tudo parece alinhado: céu cinzento, ar fresco e um castelo medieval só para nós. Eu e a MJ precisávamos de tempo longe do mundo — e ali, entre paredes que tinham assistido a séculos de história, criámos a nossa.

O castelo, embora restaurado, mantinha aquela rudeza de outros tempos. Escolhi a torre norte, mais isolada, de pedra nua e com uma mesa antiga ao centro. Assim que entrámos, fechei a porta atrás de nós. MJ sabia o que isso queria dizer. Vi logo o arrepio a percorrer-lhe a espinha.

— Tira a roupa. Devagar. E não digas uma palavra.

Ela acenou com a cabeça, os olhos baixos. Começou a desapertar os botões da camisa de linho, um a um, deixando à mostra a pele clara e os seios firmes, que se moveram ligeiramente quando a camisa caiu ao chão. A visão dela ali, de corpo exposto e alma entregue, fazia-me ferver por dentro. Os mamilos já estavam eriçados — não pelo frio das pedras, mas pela antecipação. Pela minha presença.

Aproximei-me e levei as mãos aos seus seios. Segurei-os com firmeza, como quem afirma posse. Depois passei os polegares devagar sobre os mamilos, sentindo-os endurecer ainda mais ao meu toque.

— Estás sensível aqui, MJ?

Ela respirou fundo, contida, mas o corpo traía-a. Puxei-lhe os mamilos entre os dedos, com força medida, só o suficiente para a fazer gemer baixinho.

— Gosto de te ver assim. Frágil. Mas cheia de desejo. Venda-te!

Passei-lhe uma venda para as mãos. Com movimentos lentos e provocadores, a MJ vendou os próprios olhos e mostrou-se ainda mais sensível ao toque. A todos os meus gestos, respondia com gemidos. Mesmo quando usava alguma força, as respostas no corpo dela eram sempre positivas.

Ajoelhou-se sem que eu mandasse. Isso deixou-me ainda mais excitado. Adoro quando ela antecipa o que quero. Pegou-me com cuidado, mas com vontade, e levou-me à boca. Fechei os olhos. A humidade e o calor dela envolviam-me por completo. Segurei-lhe a cabeça com uma mão, e com a outra voltei aos seios. Era como se cada parte do corpo dela estivesse ali para me servir — e ela gostava disso. Queria isso.

Quando a puxei para me seguir até à mesa de pedra, já a respiração dela estava descompassada. Inclinei-a sobre a superfície fria, deixando os seios roçarem contra a pedra. Sabia que esse contraste entre frio e calor a deixava louca. Passei-lhe as mãos pelas costas, descendo lentamente, até lhe dar uma palmada firme no rabo. Ela mordeu o lábio, mas não protestou. Abri-lhe as pernas, puxei os quadris para mim, e entrei nela com um só movimento, fundo e decidido.

A mesa podia ser dura, mas a forma como MJ se oferecia fazia esquecer tudo à volta. O som da pele contra pele ecoava pela torre como se o próprio castelo aprovasse. Inclinei-me sobre ela e, sem parar os movimentos, levei as mãos novamente aos seus seios. Apertei-os, puxei-lhe os mamilos, senti-lhe o corpo tremer.

— Os teus mamilos estão a pedir por mim tanto quanto a tua boca. Sabes disso, não sabes?

Ela assentiu com um gemido abafado.

Quando finalmente me deitei com ela no divã, os corpos colados, senti-lhe o peito a subir e descer rapidamente. Os mamilos continuavam rígidos, sensíveis. Passei-lhes a língua, um a um, como a selar a noite. Como a lembrar-lhe que cada pedaço do corpo dela me pertencia.

— Foste perfeita, MJ. E amanhã, quero-te ainda mais minha.

Ela encostou-se a mim, satisfeita, mas já a imaginar o que eu lhe prepararia na capela.

L.

Maio 21, 2025

Gostas de correr riscos?

 

Há nomes que não se dizem. Outros, dizem-se com o corpo inteiro.

 

 

 

Chamava-se L. Só isso. L. Nunca me disse o nome completo. Dizia-me que nomes inteiros eram promessas que não queria fazer. Gostava de homens que ardiam. E eu, naquela altura, ainda fumegava por dentro.

Era um animal sem trela. Lia Bukowski em voz alta enquanto me masturbava. Tinha sardas nos ombros, cheiro a gasolina e saliva de chuva. Uma vez, disse-me ao ouvido:

— Quando te cavalgar, não quero parar até ver estrelas ou sangue.

Foi o mais próximo que tivemos de um contrato.

Naquela noite, o carro era meu. A ideia foi dela.

Ela meteu-se em cima de mim, riu, e arrancou as cuecas como se estivesse a rasgar o céu. A chuva batia nos vidros como pregos. A estrada deserta, húmida. O volante preso entre os meus pulsos. O corpo dela quente, já a esfregar-se em mim, já a posicionar-se, já a encaixar-me lá dentro — fundo, devagar e depois brutalmente.

— Quero foder contigo enquanto guias. Quero ser fodida a cem à hora. Quero morrer se for preciso.

Ri-me. Devia ter travado ali. Mas em vez disso, disse:

— Mete o cinto. Ou não metas. Escolhe tu. Mete o que quiseres.

V.

Maio 20, 2025

Acordei com um peso doce sobre o peito.

Era ela. A V.

Deitada de lado, perna sobre mim, a pele nua colada à minha. E ali, esmagado contra o meu peito, um dos seus seios. Massivo, quente, a pulsar como se tivesse coração próprio.

Não resisti. Toquei-o com a ponta dos dedos, como quem toca num milagre. Senti-lhe o peso, o calor. O mamilo rígido, a pedir boca.

Ela abriu os olhos. Sorriu, ainda meio a dormir.

— Acordaste com fome?

— Nunca deixei de ter.

Ela puxou a minha mão e levou-a ao outro seio, mais cheio ainda, mais entregue. Pressionou-a ali.

— São teus, lembra-te disso.

Inclinei-me, beijei um. Depois o outro. Lentamente. Lambendo. Saboreando. Como quem reza em voz baixa, só para o corpo ouvir.

— Não fazes ideia do efeito que me provocam — murmurei, a chupar-lhe o mamilo entre os lábios.

— Faço, sim. Sinto o teu corpo a endurecer contra a minha perna.

Ela subiu por cima de mim, encaixou-se. Os seios balançaram à minha frente como um feitiço. Agarrei-os. Enterrei a cara entre eles. E deixei-me afundar.

— Mais — disse ela. — Suga. Morde.

Obedeci.

Ela começou a roçar-se em mim, mais e mais forte, enquanto segurava os próprios seios e os enfiava na minha boca, como oferenda.

— Tu perdes-te neles, não é?

— Perco-me e não quero voltar.

Ela agarrou-me, encaixou-me dentro dela num só gesto. Quente. Encharcada. Pronta.

Cavalgava-me enquanto me oferecia os seios. O prazer entre as pernas era brutal, mas a visão à frente era divina.

— Quero vir-me com os teus lábios nos meus mamilos — pediu, entre gemidos.

E assim foi.

Ela gritou o meu nome quando explodiu. Eu, com a boca cheia de pele, desejo e saliva, explodi logo a seguir. Dentro dela. Dentro da manhã.

E ali ficámos. Suados. Quentes. E viciados.

Nos seios dela. Nela toda.

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As mensagens são privadas e, se usarem dados fictícios, totalmente anónimas.

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