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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

Red Tales

>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

MEMÓRIA DO FOGO - #8 - MARÉ SECRETA

Maio 20, 2025

há noites em que o teu nome
chega antes do sonho,
como o sal que fica nos lábios
depois do mergulho.

então, recordo:
teus dedos traçando caminhos
na pele acesa —
sem pressa, sem mapa,
apenas o toque
a inventar o mundo.

no escuro, somos silêncio,
mas dentro do peito
uma maré secreta
não cessa de subir.

e mesmo longe,
há em mim o eco do teu corpo:
como areia quente,
como brasa adormecida.

 

Capa

 

MEMÓRIA DO FOGO - #6 - ENTREGA

Maio 19, 2025

na noite que nos envolve

não há pressa nem palavras —

só a pele que fala,

e o silêncio que se entrega.

 

tu és o fogo que não se apaga,

a maré que volta sempre,

e eu, navegante sem rumo,

perco-me no teu corpo aberto.

 

a memória é essa brasa viva,

que arde em cada toque lento,

e no escuro, onde tudo cala,

descubro-te inteira, inteira.

 

Capa

 

tínhamos procurado...

Janeiro 13, 2021

tínhamos procurado o refúgio noturno da praia. fabricávamos o azul. as minhas mãos alternavam entre as cerejas e o muito húmido mar. estávamos tão juntos. entre nós só cabiam a ternura noturna e o azul. e o vermelho. a confusão dos corpos e o ardor do mar. por vezes, o rumor ou a explosão.

a noite estava plena de lua, os seus braços estendiam-se até ao teu rosto e acariciavam-no, abrilhantando-o com reflexos de prata. o teu rosto sob a lua. fulgurante. claro.

as mãos e as vertigens.

a pele.

lembras-te de como as tuas mãos derramavam desejo?

lembras-te de como as tuas mãos derramavam desejo?

sentia-me mais bonito nas tuas mãos. ainda sinto. máquinas do tempo. viajavam-me nas costas imitando uma fera enjaulada, repetindo incansavelmente o percurso entre cada ombro. só o calor do teu corpo tornava real o momento. tudo o resto me parecia sonho: as cerejas no teu corpo; as estrelas refletidas no teu sorriso; as serpentinas azuis; a textura das tuas pernas.

pensávamos ser ilha.

as ondas marcavam o ritmo do corpo. o ritmo do nosso amor. os teus lábios despertavam arrepios em partes que eu não sabia ter. eu mordia, chupava e saboreava as cerejas. segurava-te os braços contra a areia. forçava-te a unir as mãos sobre a cabeça e mantinha-as algemadas com o meu desejo. naquela posição, quando arqueavas de prazer, os teus seios quase rasgavam a camisa e erguiam-se para a noite como que implorando ar.

.

Dezembro 20, 2020

tínhamos procurado o refúgio noturno da praia. fabricávamos o azul. as minhas mãos alternavam entre as cerejas e o muito húmido mar. estávamos tão juntos. entre nós só cabiam a ternura noturna e o azul. e o vermelho. a confusão dos corpos e o ardor do mar. por vezes, o rumor ou a explosão.
a noite estava plena de lua, os seus braços estendiam-se até ao teu rosto e acariciavam-no, abrilhantando-o com reflexos de prata. o teu rosto sob a lua. fulgurante. claro.
as mãos e as vertigens.
a pele.
lembras-te de como as tuas mãos derramavam desejo?
lembras-te de como as tuas mãos derramavam desejo?
sentia-me mais bonito nas tuas mãos. ainda sinto. máquinas do tempo. viajavam-me nas costas imitando uma fera enjaulada, repetindo incansavelmente o percurso entre cada ombro. só o calor do teu corpo tornava real o momento. tudo o resto me parecia sonho: as cerejas no teu corpo; as estrelas refletidas no teu sorriso; as serpentinas azuis; a textura das tuas pernas.
pensávamos ser ilha.

.

Dezembro 07, 2020

acordei para o sonho. ao meu redor: de novo ternura. passei a noite com ela nos lábios – e na boca – e na pele. o dia já se faz de Sol. de calor. ela é o dia. a manhã fresca. ela é o meu desconforme: a desproporcionada largura que as palavras me permitem. de noite faço do seu sono o meu abrigo. resguardo dos meus desejos. estou sedento e bebo as manhãs que nascem com ela: na claridade do seu corpo despido. mesmo adormecida, faz amor com os caminhos tortuosos da minha mente, com um relâmpago imaginado no corpo já contorcido pelo orgasmo. olho-a e sei que existe a palavra certa, mas tenho apenas o infinito para ela e pode ser pouco: tenho medo.

.

Dezembro 01, 2020

são longas e fatigantes as noites sem ti

envelhecem como se o infinito me afogasse

como se rios me corressem na pele

e nas mãos me habitassem sulcos

MEMÓRIA DO FOGO

Novembro 25, 2020

a noite traz sempre

a alegria da memória.

em tantas te beijei.

eras tu, eu e ela.

nos caminhos do mar,

nas areias.

lembras-te?

 

lembro que

a tua língua

era a pele ligeira

de um pêssego

e que os teus lábios

eram a provocação das rosas:

o nosso infinito é agora,

dia e noite e dia.

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