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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

Red Tales

>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

nuno júdice - um resto de insónia

Fevereiro 19, 2023

A noite chegou até ele sem bater à porta;
devagar, instalou-se no sofá da sala, escureceu
os cantos, roubou a luz às lâmpadas. E
não abriu a boca: enquanto ele, sem nada
compreender, a empurrava para longe de si,
tentava abrir as janelas, acendia velas,
que ela soprava por trás. A noite chega,
assim, afirmando a sua presença. Não dá
descanso, a não ser que a aceitem como ela é:
mas não é fácil tê-la dentro de casa, nem conviver
com os seus gestos de treva. Talvez se possa,
apenas, murmurar esse nome que ela nos
roubou, um dia, e que só agora se nos torna
necessário lembrar; ou invocar uma protecção
ilusória, a deusa diurna, de cabelos iluminados
pelo ouro primaveril. Tudo inútil – e como ela
se ri!, a noite branca que o obriga a manter
os olhos abertos, fixando o último fio de luz,
como se também a sua vida escorresse por aí…

Carpe diem

Fevereiro 25, 2012

Confias no incerto amanhã? Entregasàs sombras do acaso a resposta inadiável?Aceitas que a diurna inquietação da almasubstitua o riso claro de um corpoque te exige o prazer? Fogem-te, por entre os dedos,os instantes; e nos lábios dessa que amastemorre um fim de frase, deixando a dúvidadefinitiva. Um nome inútil persegue a tua memória,para que o roubes ao sono dos sentidos. Porém,nenhum rosto lhe dá a forma que desejarias;e abraças a própria figura do vazio. Então,por que esperas para sair ao encontro da vida,do sopro quente da primavera, das margensvisíveis do humano? "Não", dizes, "nada me obrigaráà renúncia de mim próprio --- nem esse olharque me oforece o leito profundo da sua imagem!"Louco, ignora que o destino, por vezes,se confunde com a brevidade do verso.                    Nuno Júdice

LATE NIGHT SECRETS

Janeiro 05, 2011

Princípios - Nuno Júdice


 


Podíamos saber um pouco mais
da morte. Mas não seria isso que nos faria
ter vontade de morrer mais
depressa.


Podíamos saber um pouco mais
da vida. Talvez não precisássemos de viver
tanto, quando só o que é preciso é saber
que temos de viver.


Podíamos saber um pouco mais
do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar
de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do amor.

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