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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

Red Tales

>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

...

Outubro 06, 2025

tu deixas que te conduza
não por poder mas por vertigem
por esse instante em que o corpo
esquece o nome e aprende o amor

o quarto é uma sombra suspensa
onde a submissão se transforma em rito
e o desejo ao cumprir-se
é apenas outra forma de silêncio

...

Setembro 24, 2025

há um murmúrio de astros na tua boca
e eu bebo-te como quem se afoga num céu sem fundo
sem querer voltar à superfície

noite

Setembro 21, 2025

há um silêncio que me desfolha lentamente

como se fosses tu a passar os dedos pelas minhas margens

e eu fosse um livro esquecido numa estante de sombras

 

o corpo — esse lugar onde a luz se extingue —

abre-se como uma flor que só respira ausência

e tu entras, sem pedir, como o vento que sabe todas as janelas

 

há um murmúrio de astros na tua boca

e eu bebo-te como quem se afoga num céu sem fundo

sem querer voltar à superfície

 

a pele aprende o idioma da penumbra

e cada gesto teu é uma constelação que me redesenha

como se eu nunca tivesse sido antes de ti

 

entrego-me inteiro

como quem se despe para desaparecer

como quem se dissolve no sal de um mar que não tem nome

 

e tudo o que resta é este lume

lento

a arder no centro do que já não sou

mas que ainda te espera

correntes

Setembro 03, 2025

o frio húmido da ferrugem encosta-se à pele

— lentamente, a noite afaga-me os pulsos

no chão embaciado onde morrem as vozes

...

Agosto 13, 2025

não há rima no suor.

não há métrica no gemido.

há carne.

há urgência.

e um silêncio depois,

que também não se escreve.

...

Agosto 13, 2025

ensina-me o abismo simples:
o teu riso encostado ao meu dente,
a tua respiração a medir os quartos,
um lençol revolto – cartografia bruta

carne mais que poesia

Agosto 12, 2025

carne, mais que poesia é o que me deixas na boca quando partes - um sabor a sal, a febre, a um sangue que nunca se escreve.

a tua pele, alfabeto que leio com a língua, não cabe em nenhum poema. há gemidos que não rimam, há espasmos que não se declamam.

o desejo não quer metáforas. quer o suor entre os lençóis, o som da tua respiração a falhar, a curva do teu ventre onde a minha fome se deita.

há noites em que te invento com os dedos, como quem escreve um corpo num papel húmido de ausência.

e quando a poesia tenta fingir que basta, o meu corpo ri - porque sabe que só a carne é verdadeira.

no ventre da noite

Julho 31, 2025

os dedos agitam o mel
no ventre da noite
onde tudo o que respira
é sonho ou presságio

há uma luz que não pertence
desfaz-se em pele húmida
como se o tempo se colasse aos ossos
e sussurrasse debaixo da língua

os olhos dela
abertos ou não
são margens de um lugar sem mapa

há um rumor dentro da sombra
algo que se move e se esquece
como um nome dito muitas vezes
até deixar de ser nome

sal
e um gesto por dentro da noite
o lençol é uma página escrita
com líquido invisível

as constelações trocam de lugar
só para que ninguém as encontre
ou para que ele nunca saiba
de onde veio o ardor

ali onde o silêncio se curva
onde os dedos agitam o mel
como se fosse um rito
ou uma despedida que ainda não sabe

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As mensagens são privadas e, se usarem dados fictícios, totalmente anónimas.

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