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Red Tales

(...) cá estou eu, por aqui, a fingir que sou eu que por aqui estou (...)

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>> Cuidemos de Todos Cuidando de Nós <<

 

Alguns dos textos aqui contidos são de cariz sexual e só devem ser lidos por maiores de 18 anos e por quem tiver uma mente aberta. Se sentir algum tipo de desconforto com isso ou se não tiver os 18 anos ou mais, por favor SAIA agora.

CIDADE ACESA

Julho 06, 2024

amo os corredores que abres no meu corpo e os rios de cristal que te correm entre os lábios – que te navegam entre os lábios como navios leves. o teu fulgurante sorriso é uma cidade acordada. acesa. uma cidade que flutua na tua voz. uma cidade de desejo com telhados de furor e ruas abertas entre a tranquilidade e o vermelho. uma cidade que, em cada janela, tem uma mulher que canta e bebe mel entre cada estrofe, onde, em cada janela, há uma manta estendida a indicar ser aquela a morada do sol. uma cidade com dez mil fábricas de ternura.

 

 

31

Maio 01, 2024

enquanto subimos as escadas, nas paredes alternam-se fotografias de antigos presidentes da empresa com quadros onde podem ler-se frases motivacionais. algumas são verdadeiros tesouros e a única coisa que conseguem é, em alguns dias, fazer-me sorrir. a escada termina a meio de um amplo corredor, com janelas enormes, todas elas com vista para o pátio na entrada e que une duas grandes salas de trabalho, ambas organizadas em espaço aberto e onde, em cada uma, trabalham cerca de trinta pessoas, quase todas em grupos de três ou quatro.

ELEVADOR - Parte 1

Março 01, 2024

começou por ser apenas uma simples viagem de elevador. ele entrou primeiro e encostou-se ao espelho na parede do fundo da apertada e velha cabina. ela entrou depois e ficou de costas para ele. assim que a porta se fechou, a mulher correu a grade metálica de proteção, indicativa da idade do elevador. o agradável e, de alguma forma, sedutor perfume que ele usava fê-la olhar para trás e observar melhor aquele homem. a figura imponente, bem-parecida e bem vestida do companheiro de viagem deixou-a nervosa.

sedutora e sem dele desviar os olhos, ela carregou no botão do décimo nono andar e perguntou-lhe para que andar ia ele. respondeu-lhe que ia para o mesmo piso e acabaram por descobrir que ambos iam à mesma empresa de publicidade.

o elevador subia muito lentamente, tal como a sua aparência deixara antever. a ela até lhe agradava. dessa forma, teria mais tempo de usar a falsa timidez como charme. era uma mulher muito bonita e sensual, sabia disso e a atitude, discreta, mas de grande autoconfiança, conferia-lhe muita e natural habilidade nas artes da sedução. ainda mal estavam em andamento e já ela se encostara a ele e conseguira que as mãos dele a segurassem pelas ancas.

tudo isso ficou para trás quando repentinamente, entre o quinto e o sexto andar, o elevador parou. ela ficou visivelmente ansiosa e mais agitada. ele tentou tranquilizá-la agarrando-lhe a mão e dizendo-lhe que, em caso de necessidade, o elevador tinha alarme e que poderiam sempre chamar por alguém. no entanto, o alarme tocava demasiado baixo e, como estavam entre andares, não chegavam às portas e apenas conseguiam fazer algum barulho na grade de proteção e gritando por ajuda. nada feito. ao fim de duas horas ainda lá estavam e já há muito tinham desistido de gritar. já tinham estado sentados várias vezes e agora estavam de pé, ele estava a agarrar-lhe as duas mãos e continuava a tentar acalmá-la.

ela ficou ainda mais aflita e juntou um pequeno grito à inquietude quando o elevador deu um solavanco e desceu alguns centímetros. os olhos e toda a expressão do rosto evidenciavam a surpresa e o medo que o safanão lhe provocara. a ideia do elevador poder cair a qualquer momento, apesar de, como já várias vezes lhe realçara o companheiro, ser algo bastante improvável, estava a transformar a ansiedade em pânico. mesmo fisicamente havia nela algumas transformações, sendo a mais óbvia a, cada vez maior, dificuldade em respirar, mas também era bem visível a humidade no cabelo, consequência da transpiração excessiva. quando finalmente o cérebro começou a dar-lhe algum descanso, um novo abanão do elevador voltou a trazer-lhe o pavor ao corpo. como que a prolongar o sofrimento dela, ciclicamente, com alguns minutos de intervalo, ouvia-se um estrondo, o elevador abanava e descia uns centímetros.

cansado daquela situação, o homem decidiu fazer alguma coisa. olhou para todos os lados e, apesar das imagens negativas que os filmes lhe plantaram, concluiu ser a pequena porta no teto do elevador a melhor e única alternativa para saírem dali, embora não soubesse muito bem o que faria se conseguisse abrir o alçapão:

- Olha, vou tentar abrir aquele alçapão ali no teto, sair e procurar ajuda. Para evitar abanar o elevador, preciso da tua ajuda para chegar lá.

- És louco? Nunca viste em filmes o que pode acontecer?

- Filmes… O que é que pode acontecer? Vai sair dali um fantasma? Vá, dá-me uma ajuda! Entrelaça os dedos das duas mãos e faz um degrau com elas para me ajudares a chegar lá cima!

enquanto ela juntava as mãos e o ajudava a chegar ao alçapão, a tensão sexual entre eles era óbvia e crescia a cada segundo. no caso dele, a tensão era fisicamente percetível e fê-lo pedir desculpa:

- Não tem mal. – Respondeu ela, sorrindo matreiramente.

quando se elevou o suficiente, o homem começou a esmurrar o alçapão atabalhoadamente e com a força que o frágil equilíbrio permitia. nada, nem mesmo a psicoterapia que ambos faziam, os preparara para quando o alçapão se abriu. simultaneamente saíram um esqueleto humano – já sem carne, mas ainda ensanguentado – e centenas de aranhas, relativamente pequenas, mas com as pernas volumosas e peludas. algumas caiam diretamente no chão do elevador e outras desciam, quer usando as paredes, quer usando o corpo do homem. assustada, ela retirou-lhe o apoio, gritou e lançou-se para junto da porta. ele abanou-se vigorosamente, libertando-se das aranhas.

em desespero e repetindo o que já tinha feito, a mulher carregou várias vezes no botão do rés-do-chão. desta vez, apesar do elevador não se ter mexido, o pânico dela – traduzido na elevada cadência com que carregava no botão – teve consequências. cada vez que ela carregava no botão abria-se uma pequena fissura nas paredes da cabina. quando já várias se tinham aberto, começou a escorrer sangue. em poucos segundos o chão da cabina pintou-se de vermelho. o sangue já lhes cobria os pés e o pânico deles era cada vez maior.

ESPLANADA DE MEMÓRIA - 11

Julho 14, 2023

naquela altura, de noite e acompanhados de um pequeno – mas unido e intenso – grupo de amigos, usávamos um escuro e acidentado caminho no meio do mato para chegarmos a alguns blocos de betão, na margem sul do Tejo e mesmo por baixo da ponte 25 de Abril, blocos que provavelmente teriam sobrado da construção da ponte. o caminho iniciava-se a um nível superior ao das portagens, junto a uma pequena igreja, iluminada nos meses de junho e julho e, nesses meses, visível de noite da A2. para acedermos ao caminho tínhamos primeiro de saltar um pequeno muro na frente da igreja. só depois, já no meio mato, o trilho descia até ao nível do rio. para quem conhece, atravessa a colina onde, na margem sul, a ponte se sustenta. era um caminho tão negro e fantasmagórico que a cada cuidadoso passo nosso uma árvore parecia inclinar-se, abraçar-nos (agarrar-nos) e sussurrar-nos para termos cuidado. lembro bem do grito e imobilidade de um de nós quando um caule se lhe enrolou na canela e ele pensou que fosse uma cobra.

30

Julho 04, 2023

estou cá dentro, mas é como se chovesse. é como se o céu tombasse sobre ruas distraídas pela sombra dos sonhos. se, entre duas árvores, devidamente distanciadas, houver, a uni-las, uma cerca de madeira em que as tábuas formem uma espécie de pauta, os pardais pousam e distribuem-se nela como notas musicais, mas ficam em silêncio e, quando cantam, fazem-no sem que o conjunto dos cantos forme uma harmonia. é, mais ou menos, o que acontece aqui.

29

Junho 21, 2023

as minhas mãos cercaram-lhe o corpo, sempre forçando-o contra o meu, acariciando-a até se lhe alojarem no sexo. usando a racha do vestido, deslizei-as para dentro dele, senti-lhe o calor e o desejo. apertei-lhe o interior das coxas. viajei as mãos entre as pernas e o ventre e de volta às pernas, afagando com mãos seguras cada curva. explorei-lhe os pelos púbicos, a humidade e a boca do sexo. penetrei-a com dedos nervosos e movimentámo-nos, disfarçadamente, como se estivéssemos a fazer amor com extrema lentidão. estava ali, com uma mulher linda, formalmente desconhecida, mas há muito imensamente desejada e, talvez por estarmos no meio daquela gente toda, correndo o risco de sermos vistos, o meu pénis e a minha excitação cresceram para lá do que julgava possível.
totalmente louco, agarrei-lhe uma mão, com a ideia, quase obsessiva, de a trazer até mim e senti-la masturbar-me, mesmo que fosse por cima das calças. como que adivinhando o que eu queria, ela aproveitou eu estar a puxar-lhe uma mão para se voltar para mim e, com a outra mão, segurar-me entre as pernas, esfregar e comprimir o meu pénis. como é apenas um pouco mais baixa que eu, ao voltar-se, sendo o espaço entre nós quase inexistente, teve de levantar ligeiramente a cabeça para me olhar nos olhos. o gesto foi lento e aproximou extraordinariamente as nossas bocas. podia sentir-lhe a respiração e o calor excitante. era como se da boca lhe saíssem silhuetas de corpos despidos e entrelaçados. eu fiquei enfeitiçado pelos negros e radiantes caracóis, pela pele morena e pelos olhos claros. ela sorriu e disse-me lentamente:

ESPLANADA DE MEMÓRIA - 10

Junho 09, 2023

certa vez, depois de uma intensa disputa dos corpos, fiquei em total apatia, enquanto lhe contemplava o brilho do rosto. subitamente, despertei dessa letargia e disse-lhe:

- Por vezes, assustas-me!

- O quê? Como assim? – Perguntou, admirada.

- Tanto fulgor no teu sorriso, tanta claridade na tua pele. Chego a duvidar que sejas humana. A cor que agora te cerca parece fazer-te flutuar e salienta a alegria na tua silhueta. Confessa: não és deste planeta, pois não?

- Qual cor, parvinho?

- O amarelo do pólen que libertas!

ambos sorrimos, repousei com suavidade os meus dedos nos seus lábios e deixei que a minha boca caísse lentamente sobre a dela. rapidamente a lentidão se transformou em tempestade e de novo os nossos corpos se entregaram a uma composição de luta e ternura, no entanto silente. um silêncio tão limpo que nele se misturavam o rumor longínquo das ondas e o aroma vibrante a sal. olhando para sul, a subtileza das colunas, enquadrava uma cidade onde todas as ruas eram rio nervoso, onde todas as casas estavam pintadas de vermelho, casas cujas portas se abriam e nunca me negavam refúgio.

ESPLANADA DE MEMÓRIA - 9

Junho 02, 2023

as mãos desciam à fonte e ouviam, em êxtase, o marulhar profundo da terra onde estavam. o som, aquático, era, nos meus dedos, o macio e transparente aconchego do prazer. o corpo dela arqueava e chicoteava. serpenteava, ávido, sobre o meu. dançava ao ritmo dos gemidos que o vento produzia ao atravessar as ranhuras da, ainda distante, porta mal fechada. pensando bem, talvez não fosse o vento que gemia. certas, eram a imobilidade e a ternura no fim da batalha. certo, era o sol a nascer uns degraus acima de nós, a caminhar lento na nossa direção e a eliminar-nos gradualmente as sombras. eram as palavras que lhe apareciam no corpo seminu e eram os poemas que com elas os meus lábios compunham sobre os despojos.

no mármore, cresciam fileiras de pequenas flores amarelas. libertavam, abundante e também amarelo, pólen que se acumulava junto a ela e, como se uma caneta fluorescente lhe realçasse as linhas mais sensuais, destacava-lhe a, já normalmente, cintilante e feérica silhueta.

pensava que éramos discretos, mas era impossível esconder de quem nos conhecia a cumplicidade dos olhares e uma vez um amigo perguntou-me se eu tinha algo mais que amizade com ela. claro que neguei, mas desconfio que a respiração descompassada e o sorriso, inevitável e ligeiramente malicioso, ter-me-ão denunciado. não sei porque o fazíamos, mas o secretismo tornava tudo ainda mais excitante. embora eu hoje ache que toda a gente sabia – incluindo amigos e adultos, incluindo os nossos pais -, na altura, o imaginado secretismo de um beijo era como a nudez de dois amantes.

ESPLANADA DE MEMÓRIA - 8

Maio 26, 2023

a urgência era o elevador ou a escada: a única luz era a dela. talvez por isso a brandura plana na nossa pele e a improvável manta solar que nos protegia e motivava. ela era uma ave incandescente e os meus lábios pena inflamável. estávamos como árvores, no espelho refletia-se o mundo inteiro e ouvia-se nele o prazer – reflexo de uma espécie de eco teimoso: um tremor ou os olhos fechados e o rosto de quem caminha sobre o lume. havia-lhe um qualquer feitiço onde eu deslizava para um lugar de sereno fogo. aqueles candentes locais abrigavam as formas irreverentes da juventude, fortificavam o segredo e estimulavam o prazer do risco. o repetido e seguro interesse nos meus lábios, alongava o verão e guiava as minhas ávidas mãos por irregulares bosques até ao centro do mundo.
por vezes, em agradável voo, um lírio azul passava por nós. ai o cheiro. as pérolas. no espelho e nas minhas mãos. o ventre era-lhe a superfície do mar calmo. os meus dedos espalhavam-se longos nela; navios desgovernados e carregados de desejo. navegavam-lhe pelo corpo até encontrarem um abrigo e lançarem âncora, até o tronco arquear e os trovões se ouvirem. até encontrarem o arrepio. depois, os gestos dela eram azuis, como os lírios voadores, como canções de amor.
o seu rosto, com olhos escuros e curvas insinuantes, prometia mais que prazer e as escadas recebiam-nos com poemas e arriscado silêncio. no entanto, sequiosas melodias logo as transformavam em pontes romanas com o ritmado marchar de treinadas legiões a marcar-nos o compasso aos gestos. era o tempo apressado da coragem sem limites. era o tempo mais impetuoso. no corpo nu, depois do lento rumor, erguia-se um grito silente: farol e fogueira. erguiam-se sílabas e sílabas, até serem verso. erguiam-se múltiplas línguas.

ESPLANADA DE MEMÓRIA - 7

Maio 13, 2023

sentávamo-nos na beira da cama e, separados apenas pela espessura do olhar, com a ternura inclinada sobre nós, cada função era uma luminosa floração de desejo. todos os limites tendiam para a união dos lábios. as derivadas resultavam sempre em tangentes dos corpos e integrávamos sempre um sorriso cada vez que cedíamos ao calor. a matemática era breve e as mãos eram longas. ainda no início, por vezes, os nossos joelhos tocavam-se e, todos os dias como se o primeiro, como se entre eles houvesse uma tempestuosa energia, como se um orgasmo do mar me atingisse, a ondulação ou um arrepio forçava-me a subir ao topo de uma colina, a libertar um gemido silencioso e a arquear disfarçadamente as costas.

tão leves e audazes quanto pensamentos, as minhas mãos caminhavam-lhe então. sem descanso. à sombra de montanhas e primaveras, por grutas e mistérios, chegavam ao topo: acendiam fogueiras. incessantes, voltavam a descer e refugiavam-se em macios abrigos ocultos. eram como predadores famintos e selvagens em uma savana de presas – sem saberem muito bem qual atacar. era um caminho onde não havia pedras. um espaço liso e sem obstáculos à viagem dos sentidos.

o corpo cálido dela era agora uma ilha branca rodeada pelo secreto desejo. no papel, já não havia gráficos de funções. era ela que desenhava o gráfico de funções logarítmicas com as pernas entrelaçadas na minha cintura e havia latidos de cachorros azuis que se lhe repetiam na boca como um impercetível gemido – rumor do prazer – ou como flores a morder a luz e a marcá-la com meias-luas. as pérolas ardiam-me nas mãos e na saliva – eram o lugar mais perto das chamas.

 

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