#60
Junho 25, 2025
há saudades que não choram — assentam. não gritam, não pedem nada. apenas ficam. uma presença ausente, um eco que não se apaga. é a falta daquilo que sabemos, com uma certeza cruel, que nunca mais voltará. não há volta, nem hipótese, nem ilusão. só a ausência a crescer dentro, discreta mas imensa. e escrevemos, talvez para dar forma ao que já não tem corpo. talvez para não esquecer, ou talvez para conseguir aceitar. porque há coisas que não se curam — apenas se carregam.